O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse esperar que a polêmica em torno da divulgação de mensagens supostamente trocadas com procuradores que integram a força-tarefa da operação Lava Jato, quando ainda era o juiz federal responsável por julgar os casos da operação que tramitavam em Curitiba, não atrapalhe o ritmo da análise do pacote anticrime que o governo federal enviou ao Congresso Nacional.
Afirmando que as propostas de mudanças em diversas leis estão em consonância com uma “atitude mais firme” de enfrentamento ao crime, Moro disse:
Precisamos trabalhar juntos, Poder Executivo e Congresso Nacional. Temos aqui este pacote anticrime, que tem medidas importantes que podem ser aprimoradas e, eventualmente, ser alteradas, o que faz parte do processo legislativo, mas espero que toda essa confusão não impacte na discussão do projeto.

Ainda de acordo com o ministro, no primeiro bimestre deste ano, o número de homicídios caiu 23% em todo o país. Ao participar voluntariamente de audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Moro pontuou:
As causas da redução da criminalidade são muito complexas, assim como as de aumento. Acredito que esta atitude mais firme do governo federal e de vários governos estaduais em relação à criminalidade tem feito a diferença. Acho que temos que ter esta mesma conduta em relação à grande corrupção. Avançamos, mas agora é hora de nos preparamos para consolidar estes avanços institucionais e irmos adiante.
Dividido em três projetos de lei, o projeto de Lei Anticrime foi uma das primeiras iniciativas patrocinadas pelo ministro Sergio Moro, com o aval do presidente Jair Bolsonaro, tão logo o atual governo federal assumiu. Com foco no combate à corrupção, ao crime organizado e aos crimes violentos, a proposta chegou a ser apresentada como uma das metas prioritárias dos primeiros 100 dias de governo – prazo dentro do qual chegou ao Congresso Nacional.

























