Com foco em estreitar laços, estabelecer cooperação e abrir mercados para produtos brasileiro, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, embarcou no dia 1º de junho para Arábia Saudita e China em missão oficial liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. A delegação contou também com representantes da equipe técnica do Mapa, outros ministros de Estado e empresários, todos dispostos a trazer novas oportunidades para os brasileiros.
A missão teve início na Arábia Saudita, com reunião com o ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al Falih e com empresários e fundos de investimento dos dois países. O ministro Fávaro destacou que o país é o principal parceiro do Brasil do Oriente Médio. “Só da agropecuária brasileira foram exportados, em 2023, US$ 2,9 bilhões. Entre os principais produtos estão frango, açúcar, carne bovina e grãos. Mas, as oportunidades são ainda maiores, podemos e devemos diversificar, por exemplo com café e frutas”, disse.
Já na China, no ano em que é celebrado 50 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e a China, o ministro Carlos Fávaro participou da VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), em Pequim. A comissão é o principal mecanismo de diálogo bilateral regular com a China. Na ocasião, foram firmados 8 instrumentos intergovernamentais e anunciados 30 resultados, além de 11 atos do setor privado, em diversas áreas.
Entre os atos assinados está a aprovação dos requisitos sanitários e de quarentena relacionados à qualidade das pecans brasileiras. A partir de agora, o Brasil poderá exportar noz-pecã para a China. A estimativa é que a abertura do mercado chinês poderá representar negócios acima de US$ 1 milhão.
Ainda durante a missão oficial, o Governo Federal fechou acordo para a promoção do café brasileiro na maior rede de cafeterias chinesa. Por meio da parceria, a empresa se compromete a promover e comercializar ativamente o café brasileiro para seus clientes e parceiros. O acordo assinado prevê a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro pela rede, no valor cerca de U$ 500 milhões.
“Há três anos o Brasil exportava apenas US$ 80 milhões em café para China. O ano passado saltou para US$ 280 milhões. Agora, só essa empresa formalizou mais US$ 500 milhões. Com isso surge oportunidade para os brasileiros. É mais emprego e mais renda”, explicou Fávaro.
Também foi realizada reunião com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics, Dilma Rousseff, e, na ocasião, foi anunciado US$ 100 milhões para a reconstrução da infraestrutura agrícola no estado gaúcho, como por exemplo, em projetos de armazenagem e de logística.
O ministro Fávaro também participou do Seminário Empresarial Brasil-China: os próximos 50 anos, em Pequim. Em discurso, destacou a importância do encontro e o potencial brasileiro para produzir cada vez mais de forma sustentável. “É determinação do presidente Lula o estreitamento das relações diplomáticas. Já são perceptíveis os resultados. O avanço das relações comerciais, das oportunidades de negócio e de prosperidade para o povo chinês e para o povo brasileiro já são eficientes. Isso já reflete na economia dos dois países”, pontuou.
MAPA