Morre o físico britânico Stephen Hawking, aos 76 anos

Stephen Hawking em imagem de abril de 2016. (Foto: Lucas Jackson)
Stephen Hawking em imagem de abril de 2016. (Foto: Lucas Jackson)

O físico e pesquisador britânico Stephen William Hawking, morreu nesta quarta-feira (14), em sua casa na Inglaterra. Hawking tinha 76 anos se tornou um dos cientistas mais conhecidos do mundo ao abordar temas como a natureza da gravidade e a origem do universo. Também foi um exemplo de determinação por resistir muitos anos à esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa que o acompanhou por quase toda a vida.

A morte foi comunicada por seus filhos Lucy, Robert e Tim à imprensa inglesa.

“Estamos profundamente tristes pela morte do nosso pai hoje. Era um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado viverão por muitos anos”.

A NASA publicou uma mensagem no Twitter em homenagem ao cientista:

“Suas teorias desbloquearam um universo de possibilidades que nós e o mundo estamos explorando. Pode continuar voando como Superman em microgravidade, como você disse aos astronautas no @Space Station em 2014”.

Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, exatamente 300 anos após a morte de Galileu, e morreu no mesmo dia do nascimento de Albert Einstein (14 de março de 1879). No final da década de 1960, Stephen Hawking ganhou fama com sua teoria da singularidade do espaço-tempo, aplicando a lógica dos buracos negros a todo o universo. Ele detalharia o tema ao público em geral no livro Uma breve história do tempo, best-seller lançado em 1988.

Em 2014, sua história de vida foi contada no filme A teoria de tudo, que rendeu o Oscar de melhor ator a Eddie Redmayner, que interpretou o físico no cinema.

O físico também se destacou por ser portador da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e ter sobrevivido à doença por décadas, seguindo com sua carreira. Por causa da ELA, em certo ponto, Hawking só conseguia mover um dedo e os olhos voluntariamente.

A cadeira de rodas e a crescente dificuldade para se comunicar não o impediram, no entanto, de continuar com suas pesquisas, já que sua capacidade intelectual permaneceu intacta.

Hawking usava um sintetizador eletrônico para falar. A voz robótica produzida pelo aparelho para expressar suas ideias acabou se tornando não só uma de suas marcas registradas como foi constantemente ouvida e respeitada no mundo todo. Para produzir sua “fala”, o físico formava as palavras em uma tela com o movimento dos olhos, também usado para movimentar sua cadeira de rodas.

Hawking experimenta zero gravidade durante um voo sobre o Oceano Atlântico. ‘Foi incrível ... eu poderia ter ido e continuar’, disse na ocasião (Foto: Zero G / AFP Photo)
Hawking experimenta zero gravidade durante um voo sobre o Oceano Atlântico. ‘Foi incrível … eu poderia ter ido e continuar’, disse na ocasião (Foto: Zero G / AFP Photo)

Esclerose Lateral e vida pessoal

Quando completou 21 anos, Hawking foi diagnosticado com ELA. A doença causa morte dos neurônios motores, que são as células nervosas responsáveis por todos os movimentos do corpo. Aos poucos, os pacientes perdem a capacidade de se mover, de falar, de engolir e de respirar. Por isso, Hawking vivia em uma cadeira de rodas e era dependente de um sistema de voz computadorizado para se comunicar com as pessoas.

Ele teve três filhos. Casou-se pela primeira vez em 1965 com Jane Hawking e se separou em 1991. Em 1995, teve seu segundo casamento com a enfermeira Elaine Mason e se divorciou em 2006.

Além de ser uma doença ainda sem cura, a esclerose amiotrófica tem um diagnóstico difícil. São necessários cerca de 11 meses para detectar a doença. A dificuldade existe porque não há nenhum exame de laboratório que indique alguma substância no sangue ou marcador de precisão para detectar a ELA.

Os pacientes costumam sentir como primeiros sintomas problemas para respirar, dificuldades para falar, engolir saliva ou comida, além da perda de controle da musculatura das mãos ou atrofia muscular da perna. O raciocínio intelectual e os sentidos do corpo permanecem normais.

Como consequência dos problemas no funcionamento dos músculos da respiração, os pacientes podem ter infecções pulmonares que levam à morte. Estima-se que apenas 10% dos casos de esclerose lateral amiotrófica tenham causas genéticas.

A doença é mais comum em pessoas entre 50 e 70 anos e é muito rara a ocorrência em jovens, como no caso de Hawking. Os únicos tratamentos que existem buscam retardar a evolução da doença.

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