Segundo informações divulgadas pelo bispado da cidade chilena de Rancagua na última terça-feira (22), 14 sacerdotes envolvidos em um escândalo sexual foram suspensos de suas atividades. Segundo a nota oficial divulgada, a expulsão foi provocada por condutas sexuais inapropriadas:
Foram restringidos de seu ministério sacerdotal 14 sacerdotes (…) Estes incorreram em ações que podem constituir crimes tanto no âmbito civil, como no canônico.
Esses religiosos teriam formado um grupo que chamavam “a família”, no qual teriam incorrido em condutas sexuais inapropriadas além de possíveis abusos de jovens e menores de idade, segundo denunciou Elisa Fernández, uma fiel que revelou esses atos em uma reportagem divulgada na semana passada pelo canal 13.
As revelações de Fernández foram confirmadas por um padre, que denunciou a formação de uma confraria, há dez anos, que realizava atos sexuais “sem fazer distinção entre maiores e menores de idade”.

Segundo o padre, que pediu para não ser identificado:
Tinham muitos contatos com menores de idade na relação com as paróquias.
O bispado de Rancagua explicou que embora não contem com antecedentes de que as ações dos sacerdotes suspensos sejam constitutivas de crimes do ponto de vista jurídico, confirmou que foi apresentada uma denúncia ante a Procuradoria da região para que seja realizada uma investigação.
Segundo a nota:
No aspecto canônico, já foram enviados à Santa Sé todos os antecedentes dos quais dispomos.
O bispo de Rancagua, Alejandro Goic, admitiu ter recebido estas denúncias anteriormente, e pediu desculpas por não agir com a agilidade adequada. O bispado de Rancagua lamentou os feitos denunciados e pediu à comunidade que forneça informações sobre este novo escândalo que envolve a Igreja chilena, já afetada por denúncias de encobrimentos por abusos sexuais que levaram 34 bispos chilenos a apresentar sua renúncia ante o papa Francisco no Vaticano na semana passada.
A Santa Sé abriu uma profunda investigação após as denúncias contra o bispo Juan Barros, que é acusado de encobrir o influente sacerdote Fernando Karadima, banido pelo resto da vida depois de ser condenado em 2011 por abuso sexual de menores nos anos 1980 e 1990.
Desde 2000, 80 padres foram denunciados no Chile por abusos sexuais.




























