Com a vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP) ao Senado, no último sábado (2), cresce o otimismo do governo de Jair Bolsonaro com a aprovação da reforma da Previdência. A pauta prioritária da agenda econômica do Palácio do Planalto, segundo o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni, tem margem suficiente para ser aprovada no Senado. Em entrevista, Onyx assegurou nesta segunda-feira que:
Temos bem mais que 49 (votos necessários). Votação de emenda constitucional a gente tem que ter uma margem de segurança.
De acordo com o chefe da Casa Civil, “o grosso” da proposta está pronto, mas alguns pontos ainda precisam de “um ajuste fino” do presidente Jair Bolsonaro, que segue internado no Hospital Albert Einstein, após ser submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia.
Ela (a proposta) vai reformar e arrumar o casco do nosso navio. Não é possível que a gente vá querer colocar nossos filhos e netos em um casco furado.
Apontado como um dos principais articuladores da candidatura e vitória do colega de partido Davi Alcolumbre ao Senado, Onyx confirmou que o governo “trabalhou” para garantir uma candidatura que não tivesse “antagonismo” para a aprovação das pautas. A principal movimentação foi para evitar a vitória de Renan Calheiros (MDB-AL), que acabou desistindo da disputa.
O Renan devia seus últimos 15 anos ao PT. Sua eleição esse ano se deveu a uma aliança também com o PT, e o desespero que vimos lá, expressado na Kátia Abreu, era de transformar o Senado numa cidadela contra a vontade popular. Então com muita calma, com muito cuidado, fomos trabalhando.
A vitória de Davi Alcolumbre quebra uma tradição de mais de 30 anos do MDB no comando do Senado. Segundo Onyx, mesmo que Renan não tivesse “fugido da raia”, o cenário não iria mudar:
Se tivesse havido segundo turno contra Renan, o Davi ia fazer 60 votos. É só contar. Ou seja, ele teria uma maioria muito consistente. O Davi venceu Golias, disso não há dúvida.


























