O bloco do Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, finalmente deixou a União Europeia, depois de anos de discussões. A saída ocorreu exatamente às 23h no horário de Bruxelas (20h em Brasília). Depois do anúncio, um grupo de apoiadores do Brexit – como a saída foi chamada – se reuniu na praça do Parlamento, na zona central de Londres, para comemorar a saída do bloco econômico.
O Big Ben, relógio símbolo da capital britânica, soou 11 badaladas em meio a fogos, bandeiras inglesas e o hino nacional inglês, God Save the Queen (Deus Salve a Rainha), que foi executado logo após a comemoração.
Nigel Farage, membro do Parlamento europeu e líder do partido do Brexit, e um dos principais articuladores políticos do movimento, discursou durante os minutos que antecederam a saída.
Nós conseguimos. Transformamos a paisagem do nosso país. Alguns dizem que não devemos celebrar hoje. Mas este é o momento mais importante da história moderna [do Reino Unido]. Não vamos mais ouvir ordens de burocratas em Bruxelas. Seremos livres, seremos orgulhosos e seremos independentes. Todos nós fizemos história hoje. Será um dia lembrado na nossa grande nação e na história moderna da humanidade.

O primeiro-ministro Boris Johnson afirmou, em um vídeo publicado mais cedo, em rede social, que seu trabalho é unir todas os grupos da sociedade, tanto os que apoiraram quanto os que rejeitaram o Brexit. Ele disse que a cooperação com a União Europeia será o foco dos trabalhos para os 11 meses de transição e que agora o Reino Unido “está mais energético” e com “autonomia recuperada”.
Theresa May, ex-líder do governo e ex-primeira-ministra inglesa, disse nas redes sociais que “a promessa ao povo inglês foi cumprida”.
Reação internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, uma das vozes contrárias à saída, também deixou uma mensagem sobre o momento.
Este é um dia triste. Mas é um dia que deve nos fazer prosseguir, de forma diferente, a construir uma União Europeia poderosa e eficaz, que consiga convencê-los [aos membros da UE] mais e redescobrir o fio desta história que faz da Europa uma aventura única e insubstituível.
Em discurso em Edinburgo, a primeira-ministra e líder do Partido Escocês Nacional, Nicola Sturgeon, disse que a Escócia estava sendo retirada da União Europeia “contra os desejos de uma maioria esmagadora”. Ela afirmou que “a Escócia voltará à União Europeia como um país independente”.



























