Esquema envolvendo Michel Temer e Moreira Franco movimentou R$ 1,8 bi

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), R$ 1,8 bilhão foram movimentados irregularmente pelo ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco e outros acusados presos na quinta-feira (21). Os crimes também envolveram vários órgãos públicos e empresas estatais.

Ainda segundo a investigação, a organização atuava há 40 anos e, além de Temer, também contava seu amigo pessoal João Baptista Lima Filho, conhecido como coronel Lima. Segundo a procuradora Fabiana Schneider, a organização começou quando Temer era secretário de Segurança de São Paulo e o coronel Lima era auxiliar imediato.

Coronel Lima e Temer atuam desde a década de 80 juntos, quando Temer ocupou a Secretaria de Segurança de São Paulo. Lima passou a atuar na Argeplan (empresa e engenharia), com vários contratos públicos. Houve crescimento de contratações da Argeplan quando Temer ocupou cargos públicos. Uma planilha identifica pagamentos e promessas ao longo de 20 anos para MT, ou seja, Michel Temer.

Representantes do Ministério Público falam sobre prisão do ex-presidente Michel Temer na sede da PF no Rio de Janeiro (foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Representantes do Ministério Público falam sobre prisão do ex-presidente Michel Temer na sede da PF no Rio de Janeiro (foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O procurador regional da República, Eduardo El Hage, explicou que o valor de R$ 1,8 bilhão é fruto da soma de todos os crimes supostamente relacionados ao grupo, nos últimos 40 anos.

Existe uma tabela discriminando todos os valores de propinas na peça do MPF. Eles vêm assaltando os órgãos públicos há décadas.

De acordo com o procurador da Lava Jato, Sérgio Pinel, o:

O grupo criminoso adotava como modus operandi o parcelamento da propina por vários anos. Todas as propinas que identificamos ou que estejam em investigação, promessas ou pagas, somamos e chegamos a esta cifra.

Segundo a procuradora Fabiana Schneider, o caso da mala de dinheiro apanhada por Rodrigo Rocha Loures, que na época era assessor de Temer, propiciou a coleta de áudios, que apontam que coronel Lima atuava na intermediação para entrega de dinheiro. A reforma na casa de Maristela Temer, filha do ex-presidente, segundo a procuradora, usou dinheiro ilícito. “A reforma na casa de Maristela Temer não deixa dúvida de como o dinheiro entrava na Argeplan e saia em benefício da família Temer”, disse. De acordo com Fabiana Schneider, foi identificado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) uma tentativa de depósito de R$ 20 milhões na conta da Argeplan, em outubro de 2018.

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