Segundo informações da imprensa britânica, Yulia Skripal (33), filha do ex-espião russo Serguei Skripal (66), teve alta do hospital e foi levada para local não revelado e seguro. Serguei continua internado. Pai e filha sofreram uma tentativa de assassinato por envenenamento através de um ataque químico no dia 4 de março de 2018, por volta das 14h, na cidade de Salisbury, na Inglaterra.
A jovem já havia emitido um comunicado na semana passada, através da Polícia Metropolitana de Londres (MET), que seu estado de saúde havia melhorado e que ganhava força a cada dia. A Dra. Christine Blanshard, responsável pelo tratamento dos dois, afirmou que eles receberam atendimento 24 horas por dia e que a equipe médica recebeu conselhos de especialistas de todo o mundo.
Ambos os pacientes responderam excepcionalmente bem ao tratamento que estamos oferecendo. Mas, igualmente, ambos os pacientes estão em estágios diferentes de recuperação. E embora ele [Serguei Skripal] esteja se recuperando mais devagar do que Yulia, esperamos que ele também possa sair do hospital no devido tempo.
A notícia é boa, uma vez que a expectativa era a de que ambos morressem, devido a gravidade das lesões causadas pelo agente químico. Segundo o governo britânico, o elemento usado é proveniente do programa de armas químicas Novichok, criados pelos militares russos.

Theresa May, a primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que é “muito provável” que a Rússia esteja por trás do ataque a Skripal, uma vez que ele é um ex-oficial de inteligência russo que trabalhava como espião duplo. Ele foi entregue ao Reino Unido através de uma troca de espiões realizada em 2010, depois de ter sido preso pelos russos.

O Reino Unido acusa a Rússia de estar por trás do ataque e, em resposta, impôs represálias a Moscou, culminando com a expulsão de 23 diplomatas russos. Poucos dias depois, o Reino Unido recebeu o apoio de vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e a Alemanha, que também expulsaram diplomatas russos.
A Rússia negou as acusações e também ordenou expulsões de diplomatas ocidentais em represália.

 
		

