Durante uma conferência na Casa da América de Madri na última terça-feira (10), a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que Lula é inocente e que o Partido dos Trabalhadores (PT) lutará e chegará a todas as instâncias jurídicas para que ele possa ser candidato nas eleições presidenciais de outubro.
Dilma também pediu solidariedade internacional para defender Lula, preso desde sábado após ser condenado em segunda instância a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.
Nosso candidato continua sendo Lula. É uma questão de justiça, é inocente, e se quiserem tirá-lo da corrida eleitoral, devem ser eles com os seus métodos.
Dilma aproveitou o discurso para vincutar seu impeachment em 2016 (devido a irregularidades nas contas públicas) e o caso de Lula a um golpe parlamentar e midiático no Brasil, que, supostamente, teve o apoio de corporações, do Poder Judiciário e foi motivado interesses do mercado.
Está preso (Lula), não tem voz, nós seremos sua voz e viajaremos pelo país, faremos uma grande mobilização, também exterior, e pedimos a solidariedade internacional. Não vamos desistir da sua candidatura, não vamos apresentar alternativas.
A ex-presidente opinou que no Brasil há uma “distorção do papel do Poder Judiciário, que é muito grave porque nenhuma democracia subsiste sem justiça cega”. A petista também acrescentou que foi usada a estratégia de “destruir” Lula de forma civil, quando este “não é um radical, mas um conciliador”, e que a democracia no Brasil está “em risco”.
Tínhamos tirado o país da fome; e agora o Brasil é um pálido reflexo do passado recente. Todas as conquistas sociais foram destruídas. O objetivo era nos destruir e nos tirar do jogo político. [Lula] não faz mais do que subir nas pesquisas, apesar da campanha para destruí-lo.
Convidada pela Cátedra de Estudos Ibero-Americanos da Universidade Carlos III e pela Casa da América, Dilma foi apresentada pelo ex-ministro de Justiça José Eduardo Cardozo.

























