Segue nesta sexta-feira (30) o terceiro dia do júri popular da maquiadora Cleia Rosa dos Santos Bueno, de 37 anos. O segundo dia do júri popular da maquiadora. Na quinta (29), o julgamento terminou por volta das 21 horas. Cleia, conhecida popularmente como Viúva Negra, é acusada de encomendar a morte do marido Jandirlei Alves Bueno em 2016 e do amante, Adriano Gino, no ano seguinte.
O caso é complexo e tem tons de filme de suspense. Segundo a investigação, Cleia pediu que o amante, Adriano Gino, matasse o marido. Algum tempo depois, ela contratou os irmãos José Graciliano dos Santos e Adriano dos Santos para matarem o amante. Os dois confessaram e ajudaram os policiais a encontrar o corpo e a moto de Gino em 2018, quando Cleia foi presa.

O julgamento da maquiadora começou na última quarta-feira (28) e deve ser encerrado hoje, com os debates finais entre acusação e defesa. Os dois lados terão 2h30 para sustentar as suas causas, mas a acusação poderá usar uma réplica de mais 2 horas. Ainda existe a opção, se autorizada, de tréplica para os defensores.
Oito testemunhas já foram ouvidas, das trezes programadas. Os três acusados também foram convidados a depor, mas optaram por ficar em silêncio. O julgamento conta com a presença apenas dos sete jurados e é presidido pela juíza Rosângela Zacarkim. Cleia e os outros acusados estão participando por videoconferência.

Entenda o caso
Em 2016, Jandirlei Alves Bueno, marido de Cléia, foi esfaqueado em sua residência, no Jardim Florença, durante um assalto. Ele foi encaminha ao Hospital Regional, onde permaneceu internado por quase dois meses. O homem acabou falecendo no dia 12 de dezembro daquele mesmo ano. O fato que chamou a atenção da polícia é que nenhum item foi roubado.

Quase um ano depois, em 23 de dezembro de 2017, Adriano Gino desapareceu. Ele era amante de Cléia na época do assalto que culminou na morte de Jandirlei.
Os polícias suspeitaram do envolvimento de Cléia, uma vez que ela estava ligada a dois crimes com situações incomuns. Após alguns meses de investigação, a Polícia Civil identificou e prendeu José Graciliano e Adriano dos Santos como sendo os executores da morte do amante e, a partir disso, chegaram até Cléia.
A investigação concluiu que Cléia mandou Gino executar seu marido durante o assalto, que não passou de uma simulação. Algum tempo depois, ela passou a ser ameaçada por pelo amante e a solução foi mandar matá-lo também, como uma espécie de queima de arquivo. Então ela ordenou que dois guardas-noturnos, José Graciliano dos Santos e Adriano dos Santos, executassem Gino e se desfizessem do corpo.
Segundo declaração do delegado Ugo Reck de Mendonça, a família do marido já desconfiava do envolvimento de Cléia. Tanto que ela chegou a ser investigada, mas nenhuma prova foi encontrada e as investigações foram interrompidas. Tudo mudou, porém, com o desaparecimento do amante.
Outra equipe voltou a investigação e descobriu que ela estava se relacionando com o amante, suspeito de matar o marido dela. Então, descobrimos que ele também estava morto. Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação a morte do marido, (Cléia) se mostrou um pouco arrependia. Já o outro crime (o amante) disse que faria de novo.
Os dois acusados de matar Adriano contaram como o crime ocorreu.
Ela primeiro ofereceu R$ 5 mil, depois ofereceu um carro GM Prisma e nós aceitamos. Ela levou o amante até a casa dela, dopou com comprimidos e nós matamos com golpes de enxada. Depois colocamos no carro e escondemos o corpo.


























