Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), uma mulher foi morta a cada três dias nos dois primeiros meses de 2018, em municípios de Mato Grosso. Entre janeiro e fevereiro, 18 mulheres foram assassinadas, com idades variando entre 15 e 45 anos. Os assassinatos ocorreram diversas cidades: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte, Nova Ubiratã e Juara. A defensora pública Rosane Leite, que atua em casos envolvendo homicídios contra mulheres, afirma que os números relativamente altos refletem o machismo histórico.
“Esse número é alto em razão de vivermos em um estado bastante machista e patriarcal. Isso porque as mulheres ainda são tratadas como seres humanos inferiores”.
Na maioria dos casos, a autoria do crime é atribuída a namorados, ex-namorados, maridos e ex-maridos das vítimas. E ainda segundo os dados, quase 80% dos casos registrados tiveram motivos passionais:
“São homens que se sentem superiores e não aceitam o fim do relacionamento, acreditam na impunidade e discriminam. […] Os homens são assassinados por outros motivos. As mulheres são vítimas porque os homens se sentem superiores. A conscientização é o melhor meio para evitar novas mortes”.

Fonte: G1






























