O policial militar, identificado apenas como M.S.M, que foi alvo da jornalista Nildes de Souza e que teve um copo com cerveja jogado em seu rosto, é investigado por violência doméstica, importunação, ameaça de morte e perseguição pela ex-mulher. A informação foi confirmada pela Corregedoria Geral da Polícia, nesta segunda-feira (18.10).
Conforme informações do boletim, a esposa, que está em processo de separação do agente militar, procurou a polícia no dia 14 de outubro, logo após o episódio envolvendo o suspeito, no bar Cerveja de Garrafa, na Praça Popular. Eles são casados há 14 anos e estão em processo de separação.
De acordo com a mulher, ela estava bebendo com amigas e parentes, no mesmo bar da Praça Popular onde M.S.M foi desacatado pela jornalista, quando o ex-marido estava em rondas pela região e mandava insistentemente mensagens no celular dela, pedindo para que saísse e conversasse com ele.
Ela se negou a sair, pois temia a violência do marido. As pessoas que estavam no local presenciaram as ameaças do policial e intervieram quando ele tentou entrar no bar, gerando a ocorrência de desacato que culminou na prisão da jornalista. Após a confusão, a vítima foi embora para a casa dos pais.
Perseguição
Insatisfeito, o policial não desistiu da perseguição e foi até a casa dos ex-sogros. Ele ligou para a mulher e exigiu que ela saísse para falar com ele e ainda ameaçou matar seus familiares, caso ela não aparecesse.
A mulher abriu a porta e começou a ser agredida com puxões de cabelo, socos, tortura psicológica e teve uma arma apontada para sua cabeça. O ex-marido exigia que ela ligasse para as testemunhas da confusão no bar para que pedissem desculpas ao policial. Os maus tratos duraram por cerca de 3 horas.
Na noite do mesmo dia, ele voltou à casa dos pais da mulher e ficou batendo no portão por aproximadamente 15 minutos, até que foi embora. Instantes depois, de outro número, ligou novamente e disse que iria atrás da vítima.
Temendo pela vida, dos familiares e dos dois filhos que têm com o homem, a mulher solicitou ajuda da patrulha Maria da Penha e denunciou o ex-marido.
Ela reclamava de dores na garganta, já que foi enforcada, na lombar e apresentava sinais de violência pelo corpo. A mulher alegou que não denunciou antes por medo, pois o ex é violento e tem arma de fogo.
OUTRO LADO
Procurada, a Corregedoria Geral da Polícia Militar confirmou a situação. Conforme a instituição, a vítima já foi ouvida e com base no relato, foi determinada uma investigação sobre a conduta do PM. Leia a nota na íntegra:
“A Corregedoria Geral da Polícia Militar recebeu a vítima que denunciou o policial por ameaça e violência doméstica. De imediato, a instituição instaurou um processo administrativo e nomeou um oficial superior para conduzir os trabalhos sobre o caso”.
