As autoridades da Tailândia concederam cidadania para quatro integrantes do grupo de 13 pessoas que ficaram presas durante mais de duas semanas em uma caverna do norte do país. São três crianças e um adulto, o treinador. O resgate do grupo foi acompanhada pelo mundo inteiro.
Os quatro são membros do time de futebol “Javalis Selvagens” e faziam parte da comunidade apátrida que geralmente reside na fronteira da Tailândia com os vizinhos Mianmar, Camboja, Malásia e Laos.
Carol Batchelor, assessora especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), deu uma declarção nesta quinta-feira sobre a comunidade apátrida:
Ao fornecer a esses rapazes e ao treinador a cidadania, a Tailândia dá a eles a oportunidade de sonhar com um futuro melhor e alcançar seu máximo potencial. Abre o caminho para que alcancem suas aspirações e participem como membros plenos da sociedade a qual pertencem.
O reconhecimento formal, que chega um mês depois do resgate, garante a eles o acesso a direitos e serviços básicos, como a liberdade de movimento, casamento e acesso à compra de um imóvel, entre outros.
Somsak Khanakham, chefe do distrito de Mae Sai – cidade da província de Chiang Rai e perto de onde está localizada a caverna -, entregou um por um durante uma cerimônia ontem os documentos que credenciam a nacionalidade dos quatro novos cidadãos indonésios. Ele disse durante o ato, retransmitido pelo Facebook, que todos eles cumpriam os requisitos para obter os documentos e que a garantia não tem a ver com o midiático caso da caverna.
Os doze adolescentes, entre 11 e 16 anos, e seu treinador, de 26, entraram na caverna Tham Luang durante uma excursão no dia 23 de junho, quando uma súbita tempestade inundou o caminho de saída da gruta. Durante os trabalhos prévios ao resgate, que contaram com a participação de mais de 1,3 mil pessoas, o mergulhador voluntário Saman Kunan acabou morrendo.































