Ministério Público pede o afastamento dos prefeitos de Cuiabá e Juara

Segundo as investigações do MP, eles receberam propina do ex-governador Silval Barbosa.

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso emitiu um requerimento de afastamento ao poder Judiciário exigindo o afastamento dos cargos dos prefeitos Emanuel Pinheiro, de Cuiabá, e Luciane Bezerra, de Juara. Isso porque, segundo as acusações levantadas, ambos receberam propina do ex-governador Silval Barbosa na época em que eram deputados.

De acordo com a investigação do MP, o atual prefeito da capital de Mato Grosso recebeu R$ 600 mil, divididos em 12 parcelas mensais de R$ 50 mil. A prefeita de Juara recebeu R$ 1 milhão. Os pagamentos em repassados em troca de apoio político a Silval.

E há provas sobre os fatos, uma vez que os dois foram gravados recebendo maços de dinheiro, juntamente como outros deputados estaduais, no Palácio Paiaguás, o edifício-sede do Governo do Estado de Mato Grosso e residência oficial do governador.

Segundo o requerimento do MP, o chefe do poder executivo:

Não reúne os requisitos morais necessários para continuar no exercício da função de prefeito de Cuiabá, já que o cargo ocupado lhe permite acesso a uma posição em que poderia causar grandes danos à sociedade que representa. Além disso, tal posição lhe permite acesso a uma série de entraves que poderiam vir a prejudicar a instrução processual e o desenvolvimento do processo judicial.

O Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), um órgão da Procuradoria Regional da República que tem foco no combate à corrupção, também citou o ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf (que já é réu na Operação Sodoma) como atuante nos esquemas e pediu que os bens de todos os acusados sejam bloqueados. Além dos três acusados, outros deputados e ex-deputados estão sendo investigados pelo MP.

Acusados pele Ministério Público

Depois das ações do MP e da NACO, o número de agentes políticos investigados por suspeita de corrupção sobre para 13. As acusações vão desde cobrança de propinas e fraudes em licitações até extorsões e superfaturamento nas obras da Copa do Mundo de 2014.

Segundo as ações, os valores arrecadados eram utilizados, dentre outras coisas, para garantir o apoio da Assembleia Legislativa para as propostas do ex-governador:

[A] organização era estruturada e organizada, sendo que cada um dos atores possuía papel definido e conhecimento parcial do esquema como um todo, pois a gerência ampla cabia ao então chefe do Poder Executivo Estadual, tudo voltado para a arrecadação dos valores ilícitos.

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