A médica Yana Fois Coelho Alvarenga, que está presa desde dezembro do ano passado, acusada de ajudar a planejar o assassinato de Esvandir Antonio Mendes, prefeito de Colniza, tem postado várias mensagens em sua conta no Instagram. Esse fato gerou uma dúvida, uma vez que o uso de celulares e internet é proibido dentro da penitenciária. Questionada sobre o fato, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que as revistas são realizadas diariamente nas unidades penais de Mato Grosso, entre elas, a Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, onde a médica se encontra.

A Sejudh garantiu que nenhuma presa tem acesso a computadores ou qualquer tipo de aparelho que possa realizar postagens nas redes sociais, mas não foi capaz de explicar o fato. As postagens chamaram a atenção do Ministério Público Estadual (MPE), que pediu à Justiça a manutenção da prisão preventiva da médica e à direção da unidade prisional, uma revista na cela onde a médica está. O advogado dela, Aramadson Barbosa da Silva, disse que a defesa ainda não foi notificada sobre a petição do MPE e que desconhece o uso de celular por ela na prisão. Alegou ainda que Yana nunca tentou fugir e nem se negou a prestar informações e que, por causa disso, não vê motivos para mantê-la presa.
Conforme o promotor Willian Oguido Ogama, de Colniza, o MPE recebeu prints das postagens que ela fez na rede social no último final de semana, apesar de estar presa preventivamente.

No perfil, Yana se diz médica, cristã, apaixonada pela família e muito abençoada e “blindada por Deus”. Também cita que é casada com Rodrigo, que, na verdade, é Antônio Pereira Rodrigues, empresário acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito Esvandir. O marido dela também está preso.
A polícia que investigou o crime médica teria emprestado o carro dela, um HB20, para o cunhado adolescente, a fim de que ele ajudasse o marido dela e os dois executores a fugir.
Yana, o marido dela e mais dois, apontados como autores dos disparos que mataram o prefeito, são acusados de envolvimento no crime.
A médica tinha conhecimento da “trama criminosa” e que prestou o auxílio necessário para a execução do prefeito, conforme o MPE. A investigação aponta que Yana apresentou os dois executores ao marido e providenciou a fuga deles.



























