Mato Grosso registra queda na criminalidade durante o período de isolamento social

Houve redução nos casos de homicídio doloso, roubo, furto, latrocínio, lesão corporal, tráfico e violência contra a mulher

As medidas de isolamento social propostas para controlar a disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) estão trazendo resultados até mesmo nas ocorrências policiais registradas no estado de Mato Grosso. De acordo com uma análise do Observatório de Violência da Secretaria de Estado de Segurança Pública, os crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) caíram 85,7%, comparado com o mesmo período do ano passado.

Os dados analisaram o período de 10 a 29 de março, com base nos boletins de ocorrência registrados pela Polícia Militar e Polícia Civil no Sistema de Registro de Ocorrências Policiais (SROP). Porém, por serem dados preliminares, ainda estão passíveis de alterações depois da consolidação pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

Os casos de roubos caíram em 30,7%, furto 40,4%, lesão corporal 34,4%, tráfico de drogas 36,3%. Os casos de homicídios dolosos (com intenção de matar) caíram 4,3%. Já no caso dos assassinatos, foram considerados números absolutos de vítimas: 44 mortes em 2020, neste período, contra 46 em 2019.

Violência contra a mulher

Em outro estudo do Observatório da Violência, mas no período de 10 de março a 24 de março, os dados apontam que os casos de violência contra a mulher caíram 35% em Mato Grosso. Os dados levam em conta a comparação deste ano (1.402 casos) com o mesmo período do ano passado (2.170).

Nestes números, levantados pela Superintendência do Observatório de Violência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), estão incluídas as 23 principais naturezas criminais praticadas contra mulheres, como ameaça, homicídio doloso e assédio sexual, por exemplo.

Ainda assim, a Secretaria de Estado de Segurança Pública afirma que as razões para a redução não significam necessariamente que o crime contra a mulher caiu, mas pode ser caso de subnotificações dos casos. Dentre os motivos pode ser que o agressor está em casa inibindo a vítima, ou caiu porque os bares estão fechados, já que o álcool é um potencializador da violência doméstica.

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