O cabo da Polícia Militar identificado como Marcos Vinicius Pereira Ricardi (26), apontado com o principal suspeito de matar a enfermeira Zuilda Correia Rodrigues (43), afirmou em depoimento que segurou a mulher para o marido dela a espancasse. Ainda segundo ele, o marido, identificado como Ronaldo Rosa, bateu até que ela morresse.
Ainda segundo Ricardi, que trabalhava no restaurante de Ronaldo, o objetivo do marido era dar um susto na esposa, simulando um assalto. Porém, a situação acabou saindo do controle e eles espancaram Zuilda até a morte.
Segundo a Polícia Civil, o espancamento é confirmado pelas evidências encontradas no carro. Durante uma coletiva de imprensa para apresentar as informações sobre o crime, o delegado da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), Carlos Eduardo Muniz afirmou:
Há marcas de pé no teto. Haviam tufos de cabelo e sangue escorrido no banco. Ou seja, indício de que pode ter ocorrido uma luta corporal.
Porém, o delegado ressaltou que isso não minimiza o crime de Ricardi:
O marido teria cometido o maior número de violência e o policial segurou a vitima. Só que os dois participaram da ação.

Entenda o caso
Zuilda Rodrigues desapareceu por volta das 19h30 do dia 27 de setembro, depois de sair de casa em seu carro, um Toyota SW4 preto. Segundo o marido da vítima, Ronaldo Rosa, ela deveria ir até o local onde ele trabalha, mas ela nunca apareceu. O fato está sendo investigado pelos agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, uma vez que Ronaldo é apontado com o mandante do crime.
Consta no Boletim de Ocorrências que o marido chegou em casa por volta das 21h. Nesse momento, encontrou o carro da esposa estacionado na frente da casa, trancado, mas ela não estava lá. Ele pegou a chave reserva e conseguiu abrir o carro. Dentro do veículo, encontrou manchas de sangue e fios de cabelo, inclusive no no porta-malas.

O corpo foi localizado na manhã da última terça-feira (8), em um córrego na saída de uma tubulação de águas pluviais. O filho da vítima reconheceu as roupas de Zuilda. Segundo o ex-policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, que está preso pelo crime, o corpo da enfermeira foi jogado em um bueiro perto do Centro de Eventos Dante de Oliveira. Porém, o mesmo acabou sendo carregado através da tubulação em função das chuvas nos últimos dias.
Segundo a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o corpo estava em um estado de decomposição muito avançado, ao ponto em que alguns membros haviam se desprendido do tronco. O crânio da vítima também foi encontrado a alguns metros de distância do corpo. Dessa forma, a causa da morte só poderá ser confirmada depois dos exames de necropsia.





























