As duas mulheres, identificadas como Luana Marques Fernandes (25) e Fabiola Pinheiro Bracelar (22), acusadas de causar a morte do filho de um delas, Davi Gustavo Marques de Souza (3), foram autuadas pela Polícia Civil na quarta-feira (27). Luana, a mãe da criança, e Fabiola foram autuadas pelo crime de tortura qualificada resultante em morte. As duas foram presas e levadas para a delegacia da Polícia Civil em Nortelândia, a 392 quilômetros de Sinop.
Em entrevista coletiva, o delegado Marcelo Henrique Maidame, afirmou que o laudo sobre a morte do menino indicou que ele passou por um intenso sofrimento físico com graves ferimentos.
Fabíola confessou que espancou a criança. Disse que a criança era ‘arteira’, que não obedecia e que ela resolveu fazer as agressões para ‘corrigir’ a criança. A mãe afirmou desconhecer as correções, mas várias testemunhas indicaram que a Luana e a Fabíola já estavam agredindo a criança.

As investigações iniciaram na noite de terça-feira (26), quando Fabíola deixou a criança já morta no Pronto Atendimento de Nova Marilândia. O caso levantou imediatas suspeitas uma vez que nenhuma pessoa responsável ficou na unidade de saúde para acompanhar a criança. Durante o exame, os médicos encontraram hematomas no corpo de Davi e sinais de maus-tratos e, por esse motivo, chamaram a polícia.
As duas mulheres foram encontradas perto da casa onde elas moram, no bairro Planalto. Quando foram questionadas sobre a morte e os hematomas na criança, Fabiola negou o crime e disse que não tinha envolvimento, enquanto a mãe apenas chorou. Para os policiais, as duas demonstravam frieza em relação ao falecimento de Davi.

O laudo médico apontou como causa da morte espancamento e esmagamento, uma vez que, além das lesões externas, foram identificados vários pontos de hemorragia interna na região do abdômen da criança. Várias testemunhas foram ouvidas, confirmando que a criança vinha sofrendo maus-tratos e era espancado. Em uma ocasião, segundo os depoimentos, Fabiola atropelou o menino e o prensou contra o portão da casa. Ele teve a perna e algumas costelas quebradas. Quando questionadas sobre os hematomas na criança, elas alegavam que ele havia se machucado jogando futebol.
Na época do atropelamento, o pai da criança levou o filho para Cuiabá para tratamento adequado. Exames comprovaram que o menino não poderia ter se machucado jogando bola, uma vez que o fêmur estava quebrado em diferentes pontos. O pai já tinha entrado com o pedido da guarda do filho na justiça.
As duas foram encaminhadas para unidade prisional feminina de Nortelândia e devem passar por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (28), na cidade de Arenápolis.


























