O Poder Judiciário de Sinop realizou, na tarde do último domingo (25), a audiência de custódia do caso de Cléia Rosa dos Santos (34), acusada de mandar matar o marido, Jandirlei Alves Bueno (39), em 2016, e o amante Adriano Gino (29), em dezembro de 2017.
Na ocasião, foi estipulado o valor de R$ 25 mil para a fiança de Cléia. O mesmo valor foi definido para Adriano dos Santos (20), apontado pelas investigações como um dos autores da morte de Gino. José Graciliano dos Santos (30), que assumiu a autoria do crime, não terá direito a fiança.

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) informou que os três suspeitos responderão pelos crimes de ocultação de cadáver e que um deles, José Graciliano dos Santos, responde por homicídio qualificado, crime que não permite a utilização de fiança.
No último sábado (24), os dois acusados levaram a policial até o local onde enterraram Gino, em uma área de mata na estrada Alzira. A ossada foi enviada para o Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos de investigação. Na mesma vala, foi encontrada a motocicleta da vítima.
Os dois suspeitos serão encaminhados para o presídio Ferrugem, nesta segunda-feira. Cléia, por sua vez, será levada para cadeia feminina em Colíder. O delegado responsável terá prazo de 30 dias para concluir o inquérito, antes que os acusados sejam soltos, podendo pedir a prorrogação da prisão por mais 30 dais.
Entenda o caso
Em 2016, Jandirlei Alves Bueno, marido de Cléia, foi esfaqueado em sua residência, no Jardim Florença, durante um assalto. Ele foi encaminha ao Hospital Regional, onde permaneceu internado por quase dois meses. O homem acabou falecendo no dia 12 de dezembro daquele mesmo ano. O fato que chamou a atenção da polícia é que nenhum item foi roubado.

Quase um ano depois, em 23 de dezembro de 2017, Adriano Gino desapareceu. Ele era amante de Cléia na época do assalto que culminou na morte de Jandirlei.
Os polícias suspeitaram do envolvimento de Cléia, uma vez que ela estava ligada a dois crimes com situações incomuns. Após alguns meses de investigação, a Polícia Civil identificou e prendeu José Graciliano e Adriano dos Santos como sendo os executores da morte do amante e, a partir disso, chegaram até Cléia.
A investigação concluiu que Cléia mandou Gino executar seu marido durante o assalto, que não passou de uma simulação. Algum tempo depois, ela passou a ser ameaçada por pelo amante e a solução foi mandar matá-lo também, como uma espécie de queima de arquivo. Então ela ordenou que dois guardas-noturnos, José Graciliano dos Santos e Adriano dos Santos, executassem Gino e se desfizessem do corpo.
Segundo declaração do delegado Ugo Reck de Mendonça, a família do marido já desconfiava do envolvimento de Cléia. Tanto que ela chegou a ser investigada, mas nenhuma prova foi encontrada e as investigações foram interrompidas. Tudo mudou, porém, com o desaparecimento do amante.
Outra equipe voltou a investigação e descobriu que ela estava se relacionando com o amante, suspeito de matar o marido dela. Então, descobrimos que ele também estava morto. Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação a morte do marido, (Cléia) se mostrou um pouco arrependia. Já o outro crime (o amante) disse que faria de novo.
Os dois acusados de matar Adriano contaram como o crime ocorreu.
Ela primeiro ofereceu R$ 5 mil, depois ofereceu um carro GM Prisma e nós aceitamos. Ela levou o amante até a casa dela, dopou com comprimidos e nós matamos com golpes de enxada. Depois colocamos no carro e escondemos o corpo.

























