A deputada estadual, Janaína Riva (MDB), voltou a defender a votação em plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) o projeto do Governo de Mato Grosso que institui o Conselho LGBTQIA+ no estado.
Janaína reforçou nesta segunda-feira (08.11) que a instalação do Conselho se faz necessário para determinar diretrizes e acompanhar a pauta em Mato Grosso.
De acordo com a deputada é necessário proteger os LGBTQIA+ vulneráveis que são expulsos de casa e enfrentam realidade dura das ruas.
“O conselho não cria ônus, cargo, nem nada disso. O conselho é constituído por militantes da causa ou não, que constrói transparência sobre as pautas LGBTQIA+. A nossa preocupação não é com os que possuem trabalho, mas os que são expulsos de casa, que vão para a prostituição. Então o conselho é para dar diretrizes para ações para o público LGBTQIA+, assim como existe o Conselho da Mulher”, disse.
A deputada ainda complementou que ser LGBTQIA+ não é uma questão de condição para as pessoas, é orientação sexual, onde se nasce desta forma.
Janaína ainda pontuou que ser heterossexual é o caminho mais cômodo sem violências e com isso questionou: “Quem não gostaria de nascer heterossexual?”.
“Agora, porque não colocar para votar? Ah não coloca porque vão dizer que estamos apoiando a homossexualidade? Qual o problema? É orientação sexual. A pessoa nasce com essa orientação sexual. Várias famílias que possuem LGBT1IA+ e sabem das dificuldades que eles enfrentam. Quem é que não gostaria de nascer heterossexual nesse país? É o caminho mais cômodo. Agora não são todos que nascem heterossexuais e a gente tem que aprender a lidar com essa situação, lidar de forma diferentes com os diferentes”, disse.
Entre todos os estados, se comparados a proporção das mortes por milhão de habitantes, Mato Grosso é o estado que mais mata LGBTQIA+ no Brasil com 3,36 mortes por milhão somente em 2021. O Brasil é um dos países mais violentos para a população LGBTQIA+.
Somente de janeiro a agosto de 2021 foram registradas 207 mortes, entre assassinatos e suicídios em decorrência de crimes de ódio, aponta relatório do Observatório de Mortes Violentas de LGBTQIA+ no Brasil.
As quatro unidades da federação mais populosas apresentam o maior número de mortes: São Paulo (28), Minas Gerais (24), Bahia (22) e Rio de Janeiro (16). Os dados são Aliança LGBT, são do Acontece – Arte e Política LGBTI+ e do Grupo Gay da Bahia, entidades que coordenam o Observatório.