Um incêndio destruiu o Museu Nacional, localizado na Zona Norte do Rio. O fogo começou por volta das 19h30 de domingo (2), depois do fechamento para visitantes. Não houve feridos, uma vez que havia apenas quatro vigilantes no local, mas eles conseguiram sair a tempo. Segundo bombeiros, praticamente tudo foi destruído.
Quando as equipes chegaram ao local, conseguiram recuperar itens da parte de botânica e alguns documentos. O restante foi completamente consumido pelas chamas e destruído pelo desabamento do telhado.

Os dois hidrantes próximos ao Museu Nacional apresentaram problemas no começo do combate às chamas. Não havia pressão suficiente. Depois de quase duas horas, a solução foi retirar água de um lago próximo. Os bombeiros também precisaram pedir caminhões-pipa.
Boa parte da estrutura do prédio era de madeira, e o acervo tinha muito material inflamável. Assim, o fogo se espalhou rapidamente. As causas do fogo serão investigadas. A Polícia Civil abriu inquérito e repassará o caso para a Delegacia de Repressão a Crimes de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, que irá apurar se o incêndio foi criminoso ou não.
No início da manhã, bombeiros ainda trabalhavam no rescaldo das chamas. Agentes de 12 quartéis permanecem no local.

Residencia de reis e do imperador
O Museu Nacional é a instituição científica mais antiga do país e tinha um acervo de mais de 20 milhões de itens. Entre eles, estava o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas e tesouro arqueológico nacional, e o maior meteorito já achado no país. O local foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso do museu, em 1892.
O Museu Nacional do Rio oferece cursos de extensão e pós-graduação em várias áreas de conhecimento. Para esta semana, era esperado um debate sobre a independência do país. O prédio já foi lar de um rei e dois imperadores.




























