O filho da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues (43) assassinada pelo marido e por um funcionário dele, afirmou que a relação do casal não estava boa. O rapaz, que é filho apenas de Zuilda, foi quem identificou o corpo da mãe.
A enfermeira foi encontrada na última quarta-feira (8), em um córrego na saída de uma tubulação de águas pluviais, em uma mata. Ela estava desaparecida desde o dia 27 de setembro. Segundo o filho, que prefere não se identificar:
Ele [padrasto] me ligava toda semana e dizia que relação deles estava bem e que parecia que tinham começado a namorar ‘ontem’. Mas, eu sabia dos dois lados da história e sabia que para a minha mãe não estava bom.

Segundo as investigações da Polícia Civil, essas discussões e desavenças constantes entre o casal motivaram o crime. Ainda segundo o policial, o principal suspeito, juntamente com o marido da vítima, é um ex-policial militar identificado como Marcos Vinicius Pereira Ricardi (26), que trabalhava como entregador no restaurante da família.
Ele trabalhava com meu padrasto há bastante tempo. Comigo, tinha começado a trabalhar mais ou menos uma semana antes do crime. Ele dizia que queria outro trabalho porque estava em processo de demissão na PM e precisava trabalhar para pagar faculdade e pagar pensão para o filho dele.
Ricardi confessou o crime e levou a polícia até o local onde o corpo foi encontrado. Em depoimento, ele afirmou que a intenção era dar um susto em Zuilda, mas a situação saiu do controle.
Entenda o caso
Zuilda Rodrigues desapareceu por volta das 19h30 do dia 27 de setembro, depois de sair de casa em seu carro, um Toyota SW4 preto. Segundo o marido da vítima, Ronaldo Rosa, ela deveria ir até o local onde ele trabalha, mas ela nunca apareceu. O fato está sendo investigado pelos agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, uma vez que Ronaldo é apontado com o mandante do crime.
Consta no Boletim de Ocorrências que o marido chegou em casa por volta das 21h. Nesse momento, encontrou o carro da esposa estacionado na frente da casa, trancado, mas ela não estava lá. Ele pegou a chave reserva e conseguiu abrir o carro. Dentro do veículo, encontrou manchas de sangue e fios de cabelo, inclusive no no porta-malas.

O corpo foi localizado na manhã da última terça-feira (8), em um córrego na saída de uma tubulação de águas pluviais. O filho da vítima reconheceu as roupas de Zuilda. Segundo o ex-policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, que está preso pelo crime, o corpo da enfermeira foi jogado em um bueiro perto do Centro de Eventos Dante de Oliveira. Porém, o mesmo acabou sendo carregado através da tubulação em função das chuvas nos últimos dias.
Segundo a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o corpo estava em um estado de decomposição muito avançado, ao ponto em que alguns membros haviam se desprendido do tronco. O crânio da vítima também foi encontrado a alguns metros de distância do corpo. Dessa forma, a causa da morte só poderá ser confirmada depois dos exames de necropsia.






























