Cerca de 10 pessoas de três famílias ainda permanecem alocadas no ginásio de esportes do Jardim Violetas, por conta de uma reintegração de posse ocorrida em maio do ano passado, no Jardim Ipês, em Sinop. A estadia irá completar um ano no próximo dia 14.
Na última semana, a equipe de jornalismo do WEESE foi contactada por um morador da região, que se diz impossibilitado de praticar esportes no ginásio desde que as famílias foram colocadas no local.

Mas o fato é que o problema tem vários lados. Fomos até o local e conversamos com os moradores, que também afirmaram que estão em uma situação precária. Uma moradora do ginásio, que não quis se identificar, afirmou que sofre muito por morar ali e que, frequentemente, vê seu espaço sendo invadido por animais peçonhentos, como escorpiões e aranhas.
A gente não tem privacidade aqui. Conforto é complicado. Aqui, estamos abandonados totalmente, sem estrutura nenhuma. Não estamos aqui porque queremos. Se tivesse [opção] já tínhamos saído. Não temos opção.

Outra moradora do ginásio, a dona de casa Margarida Alves, disse que a rotina do dia a dia é difícil por conta da limpeza e, principalmente, pela criação dos seus filhos. Segundo ela, a prefeitura de Sinop prometeu oferecer uma alternativa até o final do mês que vem:
Aqui é complicado, tem crianças. A noite é frio, e durante o dia é calor. Os filhos da gente estão adoecendo tudo, e crianças estão sendo internadas.
O WEESE encontrou em contato com a prefeitura, que respondeu através da assessoria de imprensa, informando que o secretário de Assistência Social, Ademir Bortoli, já esteve no local realizando a inscrição das famílias no Cadastro Único. Ainda segundo a prefeitura, a situação deve ser resolvida em, no máximo, duas semanas.
As famílias podem concorrer a uma vaga no Residencial Nico Baracat, caso o cadastro seja aprovado pela Caixa Econômica Federal. De acordo com a assessoria, essas pessoas podem receber o auxílio do Bolsa Família.
O WEESE continuará acompanhando o caso junto à Prefeitura de Sinop, as famílias e os moradores do bairro, para saber se o problema realmente será solucionado.
 
		