Todos os dias há mais celulares vendidos do que bebês nascidos. Na verdade, o celular (vs TV, computadores de mesa e rádio) é o único meio que está crescendo atualmente. O Google recebe mais consultas de pesquisa de dispositivos móveis do que nunca.
Um recente estudo da Millward Brown relata que em 30 países, as pessoas gastam uma média de 147 minutos por dia usando um smartphone. E 91% dos adultos têm seu dispositivo móvel ao alcance do braço 24 horas por dia, sete dias por semana. Não surpreende, portanto, que a coleta e o compartilhamento de informações de saúde por meio de telefones celulares sejam projetados para crescer exponencialmente.
A saúde móvel tornou-se uma parte indispensável desse mundo hiperconectado, no qual médicos e pacientes são usuários móveis prolíficos. As estatísticas para obter informações de saúde via celular são impressionantes, para dizer o mínimo, mas a principal lição aqui é a enorme oportunidade de beneficiar uma população global com uma variedade infinita de informações e serviços de saúde.
Apps de saúde: já é realidade
Um dos maiores componentes da saúde móvel são os aplicativos. De acordo com a Research2Guidance, existem mais de 100.000 aplicativos de saúde móveis em lojas de aplicativos em todo o mundo, com mais de 4 milhões de downloads gratuitos todos os dias. Até 2017, esses serviços de aplicativos devem atingir US$ 26 bilhões.
Os aplicativos de saúde para dispositivos móveis podem ser divididos em duas categorias: bem-estar e médico; 85% dos aplicativos são para bem-estar, projetados para serem usados principalmente pelo consumidor e pelo paciente, e os 15% restantes são médicos, usados por médicos.
Os aplicativos de bem-estar do consumidor se enquadram em algumas subcategorias: condicionamento físico ou treinamento, automedição (por exemplo, rastreadores de gravidez), informações de saúde (predominantemente baseadas em nutrição) e autoteste (incluindo monitoramento de calorias ou sensor para monitorar coisas como o coração).
Hoje, mais pessoas do que nunca estão se sentindo capacitadas para assumir um papel proativo no monitoramento de sua saúde.
Os médicos estão usando aplicativos como um complemento de seus equipamentos e os avanços nos sensores móveis estão ajudando-os a identificar possíveis problemas de saúde. Os resultados podem então ser localizados geograficamente, sincronizados com os registros dos pacientes e compartilhados com os médicos parceiros.
Os médicos também estão usando aplicativos médicos para registrar e acessar informações de pacientes no local. Eles também estão usando aplicativos como gerenciamento de doenças e ferramentas de administração de medicamentos. Os regulamentos de aplicativos médicos continuam a ser um tema importante nesse espaço: o que se qualifica como um dispositivo médico? Como você avalia as considerações de segurança e confiabilidade, juntamente com a necessidade de um processo de aprovação em tempo hábil?
A importância da localização para os apps
O aproveitamento das informações do usuário, baseadas em localização por meio de segmentação geográfica, foram tópicos populares no Mobile World Congress deste ano e no South by South West Interactive Conference.
O conteúdo baseado em localização fornecido por meio de métodos, como notificações push, permite que pacientes e médicos recebam informações relevantes no momento certo, com base em sua localização geográfica.
Por exemplo, quando um paciente entra em uma sala de espera, um iBeacon pode entregar materiais relevantes do paciente ao dispositivo móvel de um paciente antes de ele ir conversar com seu médico.
Personalização dos apps
O celular permite que os consumidores, pacientes e médicos tenham uma experiência mais pessoal e contínua. A tecnologia tem a capacidade de adaptar o conteúdo de saúde de acordo com o histórico móvel e o comportamento atual de um paciente ou provedor de serviços de saúde.
As experiências móveis personalizadas podem iniciar conversas e interações diretas, e fornecer informações altamente relevantes no momento certo, com base nas preferências do usuário. No entanto, para provedores de conteúdo de saúde, é importante encontrar o equilíbrio certo entre personalização e privacidade.
O impacto da tecnologia “vestível”
Evidentemente, a tecnologia “vestível” (pulseiras, óculos e até jóias) é um produto da tecnologia móvel. O potencial explosivo dessa categoria de crescimento no espaço da saúde não pode ser ignorado.
Graças aos aprimoramentos nos sensores, esses tipos de dispositivos estão começando a ir além do monitoramento e acompanhamento do bem-estar pessoal, ajudando a diagnosticar doenças.
Percepção sensorial aumentada, fluxo de dados e até sensores bio-embutidos (sob a pele) são áreas emergentes de foco.
O vídeo como um companheiro constante
Cada vez mais pacientes e médicos estão visualizando conteúdos de vídeo em movimento e usando-os como uma fonte de informações para decisões de diagnóstico, compra de medicamentos e prescrição.
O estudo Screen to Script do Google observou que os médicos gastam em média três horas por semana assistindo a vídeos on-line para fins profissionais. Eles visualizam sites como o Medscape e o YouTube, seguidos de perto por sites de empresas farmacêuticas.
Também estamos vendo mais pacientes compartilhando vídeos, comentando e seguindo os criadores de conteúdo por meio de dispositivos móveis. O poder aprimorado de novos dispositivos móveis e seus hardwares estão ajudando a impulsionar esse crescimento.
Dados e análises aprimorados
O Big Data está afetando a saúde por meio dos dispositivos móveis de maneira significativa. Melhor qualidade de dados significa melhores decisões de saúde e melhores resultados para os pacientes.
O potencial para coletar dados fisiológicos, dados contextuais (situação, preferências e emoções) e dados de uso podem ser aproveitados para informar compras, modificações comportamentais e recomendações de prescrição.
Considere esse resultado da pesquisa da Forrester Research: 2 bilhões de smartphones geram dados brutos de funções integradas: acelerômetros, câmeras e chipsets de GPS – criando percepções fenomenais sobre as preferências dos consumidores, pacientes e médicos.
Registros eletrônicos de saúde
Registros eletrônicos de saúde têm a capacidade de criar uma mudança radical na saúde. E agora, com os pacientes e provedores de acesso móvel, é possível acessar os registros de saúde com maior conveniência.
Por exemplo, os resumos de atendimento podem agora ser compartilhados com outros provedores, por meio de dispositivos móveis, com facilidade. Interações medicamentosas podem ser verificadas através de plataformas móveis para garantir a segurança do paciente.
Os profissionais de saúde podem enviar aos pacientes cópias eletrônicas de suas informações de saúde por meio de smartphones. Os pacientes também podem visualizar, baixar e transmitir seus registros de saúde por meio de um serviço seguro de mensagens móveis eletrônicas para seu provedor de serviços de saúde. Tudo graças aos registros eletrônicos de saúde com acessibilidade móvel.
Conteúdo de qualidade
Marcas farmacêuticas e produtos de saúde e bem-estar estão se movendo cada vez mais para o modelo “pill plus”. Isso significa que eles estão desenvolvendo e oferecendo conteúdo e serviços mais relevantes para consumidores, pacientes e profissionais de saúde para complementar os benefícios de seus tratamentos por meio de experiências móveis.
