A velha escrita de equipe copeira, acostumada à conquistar a América encantando e dominando com seu manto azul, preto e branco nas quatro linhas e também nas arquibancadas está próximo de se tornar realidade após mais de 20 anos desde a última tacada liderados por Jardel e Paulo Nunes.
A partida não teve um aspecto dominante para o Grêmio como na maior parte da temporada. A ansiedade dos gremistas atrapalhou nos primeiros 45 minutos e o Lanús soube explorar muito bem, principalmente encurralando e evitando que Luan jogasse um futebol que o levou à seleção brasileira. Marcelo Grohe pode pedir a canonização ao Vaticano, depois de outra defesa improvável em cabeçada à queima roupa.
O tricolor precisava de um jogador que furasse a retranca argentina como o próprio Renato Portaluppi, há mais de 30 anos quando escrevia seu nome na história do imortal. Everton, jogador mais pedido pela torcida pouco fez quando exigido e não conseguia se infiltrar na defesa adversária como havia feito recentemente com o Flamengo pelo Brasileirão. Em seguida a estrela de Renato brilha com as entradas dos contestados Cícero e Jael.
Com um empate justo até o momento os visitantes pouco se preocupavam em criar jogadas ofensivas ou mesmo ‘esquentar’ sua primeira final de Libertadores. Mas isso mudou depois que Edílson, mandou a bola na área, Jael ganhou no alto e deu em importantíssimo passe para Cícero que com a pontinha da chuteira abriu o placar e os mais de 55 mil tricolores explodirem de alegria. Viva o pai Renato, ponderou a torcida dos pampas!
Há 10 anos o Grêmio perdia a final da mesma competição para o belíssimo e encantador time do Boca Juniors e o destino desta vez só seguirá o mesmo caminho caso os bicampeões da América percam por dois gols de diferença na Argentina. Pouco provável se tratando da qualidade do elenco. O presidente Romildo Bolzan que prepare-se uma estátua de Renato Portaluppi pode e deverá ser construída caso a massa gremista grite mais alto na próxima quarta-feira.

























