Hoje, 15 de outubro, no dia do professor, trazemos um dado alarmante: o sonho com a carreira docente é cada vez mais raro no Brasil. De acordo com levantamento feito pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional, o IEDE, com base nos dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2015, apenas 3,3% dos estudantes brasileiros de 15 anos querem ser professores.
Quando se trata daqueles que querem ser professores em escolas, na educação básica, esse percentual cai para 2,4%. A avaliação internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico é aplicada a estudantes de 15 anos que fazem provas de leitura, matemática e ciências.
Entre os 70 países e regiões avaliados, o Brasil ficou na 63ª posição em ciências, 59ª em leitura e 65ª em matemática. Os estudantes que disseram que pretendem ser professores obtiveram 18,6 pontos a menos da média do país em matemática, 20,1 pontos a menos em ciências e 18,5 a menos em leitura.
A Alemanha é o pais que apresenta a maior diferença entre a nota dos alunos que esperam ser professores e a média geral do país. Aqueles que querem seguir a carreira docente obtiveram 42,9 pontos a mais em matemática, 52,5 em ciências e 59,1 em leitura.
Professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, cerca de 25% a menos, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Inep. Essa porcentagem subiu desde 2012, quando era 65,2%. Por lei, pelo Plano Nacional de Educação, esse salário deve ser equivalente ao de outros profissionais com formação equivalente até 2020.

























