A violência contra a mulher não tem classe social, cor ou idade. Ela se manifesta de forma silenciosa e atinge indiscriminadamente todas as esferas da sociedade. Em Vera, a Polícia Civil tem reforçado o trabalho de combate a esse crime, com um foco que vai além da punição e se estende para o apoio integral às vítimas.
Segundo a escrivã da Polícia Civil, Larissa Fornazier, não há um perfil único de mulheres que procuram a delegacia. “A violência contra a mulher atinge todas as classes, infelizmente”, afirma. Ela ressalta que, embora o problema seja generalizado, há um número expressivo de vítimas de baixa renda que buscam ajuda, pois enfrentam barreiras econômicas e sociais que dificultam o rompimento do ciclo de agressão.
Medidas protetivas em alta
A dedicação da equipe policial tem se refletido nos números. Somente no primeiro semestre de 2025, a Delegacia de Polícia Civil de Vera registrou 42 medidas protetivas solicitadas por mulheres. Esses instrumentos legais são a principal ferramenta para garantir a segurança da vítima, impondo ao agressor restrições como o afastamento do lar e a proibição de contato.
A escrivã Larissa enfatiza que o objetivo dessas medidas é proporcionar uma rede de segurança completa. “Não é só com relação à punição ao agressor. A questão de afastá-lo é essencial, mas também oferecemos a oportunidade de que essas mulheres sejam atendidas na questão social e psicológica”, explica.
Apoio para um recomeço
O trabalho da Polícia Civil em Vera, portanto, não se limita ao âmbito criminal. A abordagem integrada busca capacitar as vítimas para que possam se libertar completamente da situação de violência. Esse suporte multifacetado é crucial para quebrar a dependência emocional e financeira que muitas mulheres têm de seus agressores.
Em um cenário onde a violência de gênero ainda é uma realidade preocupante, a atuação da delegacia de Vera se destaca por sua abordagem humanizada.
Rede de Apoio
A prefeitura de Vera, através da Assistência Social, inaugurou a Sala da Mulher, no dia 9 de agosto de 2025 no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
Este ambiente foi pensado como um espaço exclusivo para atendimento humanizado, oferecendo acolhimento emocional e escuta qualificada para mulheres em situação de violência doméstica, integrando-se à rede de apoio já existente no município.
Assessoria





























