A síndrome de estresse tibial medial (MTSS), também conhecida como shin splints ou periostite tibial ou ainda como “dor na canela”, é caracterizada por queimação no osso no meio da perna. A dor ocorre durante o exercício e melhora após algumas horas, podendo evoluir com dor persistente e até afetar as atividades de vida diária, se não diagnosticada e corrigida precocemente.
60–80% dos casos estão associados à sobrecarga musculoesquelética (músculos, tendões e osso) provocada por aumentos excessivos e rápidos nas cargas de treinamento em algumas atividades físicas.
A canelite é desencadeada principalmente em corredores, bailarinos e militares.
Embora o prognóstico da Síndrome de estresse tibial medial seja geralmente benigno, ele pode evoluir e tornar-se crônico e ser incapacitante.
Fatores que contribuem para o surgimento da Canelite:
- mudança de atividade física repentina e de forma esporádica sem orientação de um profissional;
- aumento excessivo de carga nos treinos (aumento da intensidade ou volume de treino);
- calçados inadequados;
- atividade física realizada em superfícies irregulares (esburacada, muito subida ou descida).
Medidas adotadas para evitar a canelite:
- Praticar a atividade física com orientação de um profissional, mesmo que forem atividades recreativas;
- Realizar aquecimento antes da atividade física;
- A atividade física escolhida não deve desencadear a dor;
- Atentar-se a troca do calçado quanto ao tempo de uso e desgaste do mesmo;
- Exercitar-se de forma agradável e saudável.
Diversas formas de tratamento conservador têm sido aplicadas na fase aguda, como repouso relativo (evitando exercícios de impacto), anti-inflamatórios (recomendados pelo ortopedista), crioterapia (compressa com gelo), órteses para os pés e Fisioterapia com técnicas de terapia manual, eletroterapia (laser, TENS), fortalecimento gradual e progressivo, exercícios de propriocepção, acupuntura, Ondas de choque extracorpóreo (ESWT).
A canelite pode ser confundida com uma fratura por stress na perna, por isso é importante realizar uma avaliação com um profissional para diferenciar este diagnostico. A canelite não tratada e não realizado as adaptações necessárias pode propiciar a uma fratura em longo prazo.