O ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, revelou em depoimento prestado a à juíza Ana Cristina da Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, na tarde da última sexta-feira (15), que chegou a receber um complemento de salário, que praticamente dobrou o valor recebido, em decorrência do esquema proposto por Alan Malouf, sobre o pagamento de propinas relacionadas às obras em escolas públicas estaduais.
O delator da Operação Rêmora, evitou citar o nome do ex-governador Pedro Taques (PSDB) e vários assuntos relacionados ao esquema de corrupção montado para fraudar licitações de obras da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) na gestão Pedro Taques (PSDB).
O salário de secretário era de R$ 13 mil reais, mas Permínio chegava a receber R$ 30 mil. Estas informações teriam sido omitidas por Alan Malouf em sua delação premiada.
Malouf, já condenado a 11 anos de cadeia, teria omitido o fato em sua delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Fedral (STF).
À magistrada, o ex-secretário revelou que em janeiro de 2015 – logo após assumir o cargo de secretário – foi chamado pelo empresário Alan Malouf – dono do Buffet Leila Malouf e amigo de Taques – para uma reunião.
No encontro, segundo Permínio, Malouf falou sobre o investimento que fez do próprio bolso na campanha de Pedro Taques, via caixa 2, e que precisava receber o valor. Além disso, destacou a dificuldade que o Governo tucano teve para encontrar interessados para compor a equipe de secretariado “devido ao baixo salário” pago pela Administração Estadual, à época R$ 13 mil líquidos.
Para conseguir recuperar os valores investidos na campanha e pagar uma complementação de salários, por fora, para alguns secretários, o delator afirma que Malouf sugeriu montar uma “equipe”, com pessoas de dentro e fora do Governo, para fraudar contratos de obras da Seduc.
“Disse para mim que houve uma série de dificuldades na composição do secretariado pelo salário ser muito baixo, pois tinha pasta, como a Educação, com o orçamento de R$ 1, 5 bilhão e salário de R$ 13 mil. Mas que ele poderia, assim como faria para outros secretários, fazer complementação salarial pra mim e sugeriu um montante de R$ 20 mil para que, se somados ao que ganhava, chegasse aos R$ 30 mil”, confessou Permínio.
Após aceitar a proposta, Malouf apresentou Giovani Guizardi, dono da Construtora Dínamo, a Permínio. Guizardi foi o responsável por cooptar empresários para fraudar contratos de reformas de escolas no Estado.






























