A economia latino-americana caiu 6,8% em 2020 e a previsão é que haja uma crescente de 5,2% em 2021. Porém, o crescimento não será suficiente para compensar a crise econômica gerada pela pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
A estimativa feita pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) foi divulgada nesta quinta-feira (8) e apresenta melhoras desde o balanço anterior. A última estimativa, divulgada em dezembro de 2020, havia previsto crescimento de 3,7% para 2021, é o que consta no documento:
Essa expansão [de 5.2%] não conseguirá assegurar um crescimento sustentado, já que os impactos sociais da crise e os problemas estruturais da região se agravaram e se prolongaram durante a fase de recuperação.
O documento pede a manutenção de políticas emergenciais de transferência de renda e o aprofundamento de políticas de proteção ao meio ambiente e de desenvolvimento sustentável como meios de amenizar os impactos sociais da pandemia, que serão duradouros.
A Cepal sugeriu também medidas de investimentos públicos, políticas que geram empregos de melhor qualidade, reestruturação dos sistemas de saúde e educação e a universalização de uma renda básica emergencial. Todas as medidas sugeridas buscam atender todos os cidadãos, mas possuem efeito maior sobre a população de baixa renda, pois para a Cepal, a covid-19 agravou problemas de desigualdade social que afetam diretamente a população pobre.
Para 2022, a Cepal prevê crescimento de 2,9% na América Latina e no Caribe, mas declara que os impactos da pandemia perduram até os próximos anos.