
O fundo da pelve óssea masculina termina numa cavidade em forma de funil chamada cavidade pélvica, que contém os órgãos pélvicos (reto e bexiga). O fundo deste funil é fechado por uma espécie de “cama elástica” chamada assoalho pélvico.
O assoalho pélvico é formado por cerca de 13 músculos, conhecidos em conjunto como musculatura do assoalho pélvico (MAP), auxiliados por fáscias e ligamentos (que funcionam como elásticos biológicos).
A função de todo este conjunto é sustentar os órgãos pélvicos, como uma cama elástica sustenta o peso de alguém que pula sobre ela. Os elementos mais fortes e decisivos para este fim são os músculos.
No homem, ela é percebida fechando o ânus e comprimindo a base do pênis, sendo responsável por aquele aumento temporário na ereção quando se faz a contração.
No homem, os MAP’s são perfurados pelos canais uretra e reto. Assim, sua contração “amassa” estes canais, auxiliando na continência de urina (apertando a uretra), na função sexual (apertando o pênis) e na continência fecal (fechando o reto).
Parte superficial da MAP pressiona o clitóris e as glândulas lubrificantes, favorecendo ereção, lubrificação e orgasmo.
No homem a MAP superficial é fundamental para o aumento da pressão sanguínea dentro do pênis, potencializando a ereção.
Por este motivo, quando a MAP está fraca ou lesionada ela não consegue contrair suficientemente sobre estes canais. O resultado pode ser incontinência de urina, flatos ou fezes, disfunções sexuais como a disfunção erétil. Por outro lado, a contração exagerada, incoordenada ou inconsciente da MAP pode causar retenção urinária, dor sexual, ejaculação precoce e constipação. (Latorre)
A Fisioterapia Pélvica é recomendada como tratamento padrão ouro, com um elevado grau de evidência para o tratamento desses pacientes.