A Embrapa realizou um estudo que mostra que as terras dos Poyanawas, grupo indígena brasileiro, localizado no Acre, tem potencial para gerar créditos de carbono. Em nota, a Embrapa apontou que os indígenas têm priorizado atividades agrícolas em áreas já alteradas e tem procurado investir em áreas que estão degradadas para fazer a recomposição e implantação e fortalecimento dessas regiões agroflorestais.
Eufran Amaral, coordenador do estudo e chefe-geral da Embrapa Acre explicou em nota:
São ações que reforçam a cultura local, aumentam e diversificam a produção agroflorestal e conservam o meio ambiente, gerando um ciclo de retroalimentação.
O estudo aponta que nos últimos cinco anos a média de desmatamento do território caiu, o motivo, se dá pelo melhor aproveitamento nas aldeias que diminui o uso das florestas primárias. O número de desmatamento que era de 21,3 hectares/ano passou a ser 12,8 hectares.
Os pesquisadores acreditam que a redução do desmatamento pode evitar a emissão de 6.381 toneladas de gás carbônico por ano até 2025. Isso significa que evitar o desmatamento pode ser um negócio rentável para as famílias indígenas.
De acordo com parâmetros de negociação mundial de créditos de carbono, cada tonelada evitada equivale a US$ 6. Para um período de 20 anos (2006 a 2025), como foi considerado pela pesquisa, esse valor estaria próximo dos R$ 3,9 milhões se convertido pela atual cotação.

























