O plantio de soja em Mato Grosso na safra 2025/26 atingiu 21,22% da área estimada, alta semanal de 6,19 pontos percentuais, mantendo-se em ritmo acima da média histórica de cinco anos, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgados nesta sexta-feira.
O trabalho de semeadura supera de longe o ritmo registrado nesta mesma época do ano passado, de 8,81% da área, já que as chuvas têm permitido que os trabalhos ocorram de forma mais frequente este ano.
A média de cinco anos para o período é de 17,17% da área plantada, segundo dados do Imea.
O instituto apontou que os trabalhos evoluindo bem favorecem a janela climática de plantio e desenvolvimento da segunda safra, de milho e algodão, que é plantada após a colheita de soja em Mato Grosso.
“É importante principalmente neste começo fluir bem (o plantio), o pessoal conseguir entrar nas lavouras, não ter paralisação ao longo das semanas”, disse o superintendente do Imea, Cleiton Gauer.
“O plantio fluindo bem tende a ser um grande e bom indicativo para a segunda safra”, acrescentou ele.
Além de ser o maior produtor de soja do Brasil, o Mato Grosso também é o principal Estado do país em algodão e milho, colhidos em sua maioria na segunda safra.
No início da semana, o Imea manteve suas projeções de área e produção de soja, citando incertezas quanto ao nível de investimento nesta temporada, apesar do clima favorável nesta fase inicial.
“Os produtores seguem pressionados pelos custos de produção elevados, preços futuros da soja menores, juros ainda altos e comercialização aquém do registrado no ano passado e da média histórica para o período”, disse em relatório.
Neste contexto, a área cultivada foi mantida em relação ao levantamento do mês anterior em 13,01 milhões de hectares, o que seria um crescimento anual de 1,67%.
A produtividade está projetada preliminarmente em 60,45 sacas/hectare, queda de 8,81% em relação à safra anterior, quando atingiu um nível recorde beneficiada pelo clima e investimentos.
Já a produção de soja em Mato Grosso em 2025/26 está estimada em 47,18 milhões de toneladas, recuo de 7,29% frente ao ciclo passado.
Reuters / Notícias Agrícolas
