Em uma ação ajuizada pela Procuradoria do Estado de Mato Grosso, foi proibida a utilização de qualquer agrotóxico que venha a conter em seu principio ativo o glifosato. Essa medida, de acordo com o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal, tem como objetivo proteger os trabalhadores rurais que são expostos a agrotóxicos, além de proteger também a saúde de consumidores e evitar contaminação do meio ambiente.
A ação foi ajuizada contra a Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado de Mato Grosso (APROSOJA), da Associação Mato-Grossense do Algodão (AMPA) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO). Segundo a procuradoria:
Uma decisão favorável nesse momento é essencial para, ao menos, diminuir os efeitos negativos à saúde humana causados pelo referido princípio ativo, evitando-se a exposição prolongada que gera graves doenças crônicas. A Justiça tem uma decisão a tomar. Acolher o pedido dos Ministérios Públicos para ao menos mitigar e neutralizar parcialmente o aparecimento de doenças crônicas como o câncer, ou se contentar a, no futuro, proferir várias condenações em virtude de danos à saúde já materializados.
A decisão da criação da ação contra o uso do agente químico foi baseada em pesquisas realizadas pela International Agency For Research on Câncer (IARC), uma instituição com ligações com a Organização Mundial da Saúde (OMS), onde segundo os resultados da pesquisa o produto pode provocar câncer.
Além disso, o uso do produto no meio ambiente de maneira aberta, não proporciona nenhuma forma de controle, não é possível proteger fontes de água, solo, animais próximos, e outros ecossistemas existentes. Ainda segundo a procuradoria:
De forma difusa e indeterminada, os consumidores e os trabalhadores são expostos a esses venenos, que, de modo geral, estão presentes na alimentação da população e no ambiente de trabalho do agricultor.


























