O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando atualizações sobre a safra de milho no estado. O levantamento destaca que a demanda por milho na safra 2024/25 deverá ter queda de 0,46% ante ao projetado em novembro/25 e atingir 53,72 milhões de toneladas.
“Essa redução é pautada pela retração mensal de 1,37% nas projeções de exportações da atual temporada, que ficou estimada em 27,70 mi de t. Esse recuo na estimativa de exportação é motivado pela expectativa de maior oferta de milho no mercado mundial, o que tem pressionado os preços da paridade de exportação”, explicam os técnicos do Imea.
Já o consumo interno do cereal foi projetado, em dezembro/25, em 17,72 milhões de toneladas representando aumento de 0,76% em relação ao projetado em novembro e está 8,62% maior do que o da temporada passada.
“Esse crescimento está pautado principalmente pelo aumento no consumo de milho para a produção de etanol no estado, que cresceu 13,09% em relação a safra anterior”, aponta a publicação.
PREÇOS
O relatório divulgado nesta semana também apontou que o preço do milho disponível em Mato Grosso fechou a última semana com média de R$ 46,88 a saca, retração de 0,91%. Um cenário de queda não era visto desde a última semana de setembro/25.
“Esse recuo semanal está pautado pelo acompanhamento das cotações de milho na CME-Group contrato corrente, que exibiram uma desvalorização de 0,38% ante a semana anterior, e fechou na média de US$ 4,29/bu. Esse movimento de baixa em Chicago é influenciado pela ampla oferta do cereal e pelos elevados estoques norte-americanos”, relatam os técnicos do Instituto.
Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o preço do milho disponível em MT está 15,55% menor. “Essa redução é explicada, principalmente, pela alta de 17,06% da produção estadual para a safra 24/25, que atingiu 55,43 mi de t, ampliando a disponibilidade interna e pressionando as cotações no estado. Além disso, vale ressaltar que o crescimento no consumo de milho para a produção de etanol no estado tem ajudado a conter quedas ainda maiores nas cotações”.
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