A elevação de custos logísticos por causa do tabelamento do frete rodoviário mostrará seu reflexo mais claro na balança comercial com as vendas de milho. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), em vez de exportar 32 milhões de toneladas, como era estimado no início do ano, as vendas chegarão a 20 milhões de toneladas,
Com isso, a perda de receitas será de US$ 1,8 bilhão só neste ano. Com o tabelamento, a logística do grão ficou mais cara do que o próprio produto. Transportar para o porto uma tonelada de milho produzido em Rio Verde/GO, que vale R$ 140, custa R$ 236.
Esse prejuízo está no mercado desde a paralisação dos caminhoneiros. O prejuízo só não apareceu nas exportações de soja porque as empresas prosseguiram com seus negócios na expectativa de uma rápida reversão do tabelamento.
As exportações de soja até aumentaram neste ano, de 67 milhões de toneladas para 74 milhões de toneladas. Mas, por trás desse desempenho positivo, está um aumento de custo da ordem de US$ 2,4 bilhões. Se o tabelamento for mantido no ano que vem, a estimativa é que ele represente um custo extra de US$ 5 bilhões na logística da soja e do milho.

























