A data de divulgação do Plano Safra 2024/25, que estava prevista para ser neste 26 de junho, quarta-feira, foi adiada para a próxima semana, segundo fontes do Ministério da Agricultura ouvidas pelo Notícias Agrícolas. O líder da pasta, o ministro Carlos Fávaro, reuniu na manhã desta terça (25) com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva para alinhamentos finais do novo plano e, assim, já não se confirma mais o anúncio nesta quarta.
Fontes do Ministério da Agricultura ainda informaram ao Notícias Agrícolas que a divulgação do Plano Safra deve ocorrer na próxima quinta-feira (04) no período da manhã. Além disso, o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) deve divulgar o plano safra da agricultura familiar na próxima quarta-feira 03).
Na última semana, o MAPA informou também que o evento que traria os detalhes do plano em Rondonópolis, no Mato Grosso, havia sido cancelado e a cerimônia será feita em Brasília, no Palácio do Planalto.
As especulações dão conta de que o volume de recursos supere os R$ 510 bilhões, contra R$ 435,8 bilhões do anterior. O pleito das entidades do setor, no entanto, era de R$ 570 bilhões.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o economista chefe da Farsul (Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Antônio da Luz, alertou não para o volume de recursos, mas para a acessibilidade dos produtores a este crédito, problema sofrido nos últimos anos. Além disso, ainda destacou a tendência de um crescimento de recursos a juros livres em detrimento daqueles em juros controlados. Na ocasião, a divulgação neste dia 26 ainda estava confirmada.
“Nós entendemos que os recursos livres vão crescer mais do que os controlados, mas os controlados têm que crescer em relação a eles mesmos, e eles decresceram. Tivemos um Plano Safra (no ano passado) o tempo todo truncado”, afirmou. “Foi um Plano Safra muito mal executado, não havia recursos orçamentários para fazer tocar. E anunciar valores que não existem é pior, porque o produtor fica esperando um recurso que não vem, e às vezes deixa de pegar um recurso que às vezes é até mais caro esperando que vá chegar o negócio mais barato, perde o negócio bom e não vem dinheiro mais barato. Ele pega dinheiro mais caro e compra insumos mais caros”.
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