A greve dos caminhoneiros influenciou o comportamento do preço do leite pago ao produtor em agosto, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em nota. Depois do encerramento da greve, no início de junho, laticínios, desabastecidos, intensificaram a disputa pela matéria-prima e, com isso, os preços em agosto.
Como estratégia para garantir a captação, muitos laticínios realizaram acordos de curto prazo junto a produtores ainda em junho, os quais sustentaram as altas no campo em agosto.
Outro fator de alta é sazonal e diz respeito à oferta restrita de leite no campo, por causa da entressafra no sudeste e no centro-oeste, que deve se prolongar até outubro. E, também, a safra de inverno no sul do país se iniciou depois do previsto por causa do atraso das chuvas.
O Cepea projeta, porém, que, para setembro, o movimento altista não deve se sustentar, em função de um mercado interno fragilizado e pouco demandante.

























