Contudo, apesar da alta nos números, a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno, frisa que os registros referem-se à casos ocorridos em março, abril, junho, e, principalmente em maio. As confirmações foram encaminhadas pelo Laboratório Central (Lacen) agora, em julho. Em janeiro foram registradas 59 confirmações para chikungunya; 88 em fevereiro; 231 em março; 664 em abril; 936 em maio; 39 em junho e 2 em julho.

Já em relação à dengue, o boletim atualizado traz 142 confirmações. Foram 65 casos em janeiro confirmações de dengue, uma com sinais de alarme; em fevereiro foram registrados 11 casos; em março foram 13 registros; em abril 19; em maio 32 e em junho 2, totalizando 142 casos até o momento. Para zika foram investigadas e descartadas 21 situações.

Hoje os bairros com maior número de registros de chikungunya estão o Vila Bela com 206; São José com 128; Nova Aliança com 123 registros e Novos Campos com 98 situações positivas. Antigo distrito de Boa Esperança e atual município vizinho de Boa Esperança contabilizou 294 registros – vale lembrar que no Ministério da Saúde, Boa Esperança ainda consta veiculado à Sorriso. Já em relação à dengue são oito casos no Centro e também oito no Jardim Amazônia.

Fase aguda e crônica 

“O número de casos de chikungunya é alto e precisamos lembrar que além da fase aguda a enfermidade apresenta uma fase crônica em que paciente continua sentindo muita dor”, frisa o médico e secretário de Saúde, Vanio Jordani. “Há pessoas que continuam sentindo dores por mais de seis meses”, destaca o profissional.

E a melhor forma de eliminar e evitar a doença é evitar que o mosquito nasça. “Como todo mundo já sabe a água parada – suja ou limpa; é o local ideal para disseminação de criadouros do Aedes aegypti, o tal mosquito transmissor da dengue, zika vírus e Chikungunya”, pontua o gestor. Para evitar situações assim, as equipes da Vigilância em Saúde Ambiental estão diariamente na rua realizando trabalho de instrução e alerta.

“Infelizmente alguns proprietários de comércios considerados pontos estratégicos não nos recebem justamente porque sabem que há condicionamento de materiais de forma inadequada e que situações assim são propicias à proliferação do mosquito”, explica Claudete Damasceno que comanda uma verdadeira operação de guerra contra o mosquito.

Claudete relata que também há residências que também não abrem as portas para a visita do agente de combate à endêmicas (ACE). “Nossa missão é cuidar, alertar, conscientizar, não queremos aplicar notificações ou multas, mas precisamos que a população nos receba para que possamos realizar o trabalho de acompanhamento”, frisa.

Em cada visita, seja em comércios, PEs ou residências que houver criadouros as larvas são coletadas e testadas para o Aedes e o criadouro eliminado. Quando a suspeita se confirma os responsáveis são comunicados para que possam monitorar o surgimento de casos de dengue e realizar o pente fino eliminando outros possíveis criadouros que tenham passado despercebidos.

Hoje os principais problemas identificados pela equipe da Vigilância Ambiental são a água servida, aquela oriunda de esgoto doméstico ou empresarial e a sujeira nas bocas de lobo, situações propícias para a proliferação do mosquito.

Procura nas unidades de saúde 

Caso suspeite ter contraído ou apresente sintomas de qualquer uma das arboviroses, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). É lá que a população recebe o atendimento clínico e a orientação correta sobre como agir.

 Cuidando de casa

A orientação é que toda a semana a população tire dez minutos semanais para dar aquela conferida no espaço onde vive ou trabalha. A recomendação é evitar acúmulo de lixo, que além do Aedes aegypti também pode esconder animais peçonhentos como cobras, ratos, aranhas, escorpiões, dentre outros.

 Assessoria