O jornalista Carlos Cereto foi acusado de assédio moral e sexual contra funcionárias da Rede Globo. Por esse motivo, o comentarista esportivo que deixou a emissora na última quinta-feira (1) depois de 20 anos. Ele nega as acusações. Ainda assim, em maio de 2019 a emissora Globo foi condenada pela Justiça do Trabalho a indenizar uma funcionária por assédio moral praticado por Carlos entre os anos de 2013 e 2015.
No processo sobre a veracidade dos fatos há cópias de e-mails, conversas em aplicativos de mensagem com ameaças de demissão e questionamento de competência na frente de outros funcionários de relatos de pelo menos quatro testemunhas, além de uma acusação de assédio sexual.
Em condição de anonimato, sete pessoas que trabalharam com Carlos Cereto do SporTV nos últimos anos confirmaram os comportamentos descritos na ação judicial e relataram situações de constrangimento e assédio nos corredores da Globo.

Há episódios de pelo menos duas tentativas de denúncia ao departamento de compliance e recursos humanos sobre o que acontecia.
Após as denúncias, Cereto negou ter praticado assédio de qualquer tipo e contestou nunca ter recebido nenhum tipo de notificação a respeito de seu comportamento dentro da empresa:
Honestamente, não procede. Terei que me defender de alguma maneira. Isso não aconteceria sem que a Globo tomasse uma decisão. Segui na Globo por anos depois dessa ação, que é de 2016. A emissora tem um departamento de compliance, leva tudo isso muito a sério. Ainda fui transferido para o Rio depois, foi uma promoção, para apresentar o programa.
De acordo com o advogado de Cereto, Jonas Marzagão declarou:
Como advogado de defesa, me causa surpresa. É difícil nos defendermos se não sabemos quem são os denunciantes, onde está essa denúncia, quais são os fatos alegados
A Globo diz que a saída de Cereto foi uma decisão de gestão:
todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento.
Uma das testemunhas de todo esse processo explica que Cereto tinha comportamentos agressivos, em especial com o público feminino:
Com a autora e mais especificamente com a figura feminina, Carlos praticava condutas de humilhação, criando ambiente de terror psicológico em tom de voz alto, praticamente todos os dias, o que foi presenciado pelo depoente até sair do Arena SporTV.






























