Agentes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Polícia Civil realizaram na última sexta-feira (30) a reconstituição do assassinato de Hélida Cristina da Silva Fardin (35), morta no dia 19 de agosto, depois de sair para receber uma dívida de 30 mil de um restaurante. O corpo foi encontrado na tarde do dia 23 de agosto, em uma valeta de escoamento de água no bairro Setor Industrial Norte.
O empresário Leandro José Reis (41), proprietário do restaurante onde Hélida foi cobrar a dívida, confessou o crime. Nesta sexta, ele levou os policiais nos locais onde cometeu o crime e escondeu o corpo. Ele estava com as mãos e o pés algemados e permaneceu a maior parte do tempo dentro da viatura.
Em seu depoimento, Leandro afirmou que matou Hélida logo depois que ela chegou em seu restaurante para cobrá-lo, por volta das 15h. Ele se irritou e acabou enforcando a mulher com uma corda de varal. Depois disso, embrulhou seu corpo com sacos plásticos, esperou que anoitecesse e o desovou em uma vala. Leandro era sócio de Hélida e seu marido e eles tinham uma relação de amizade. O dinheiro que ele devia vinha de um empréstimo feito pelo casal.
Familiares e amigos de Hélida acompanharam a restituição do crime. Sua mãe, Ilda Lopes, afirmou que a filha recebeu uma mensagem de Leandro, dizendo que poderia ir até o local buscar o dinheiro. Justamente por isso, acredita que o assassinato foi premeditado.
Esse dinheiro, o marido dela deu a juros para ele. Eu não sabia. Fui saber no dia que aconteceu. Ele [Leandro] ligou para ele vir buscar o dinheiro. Tem o áudio que ele mandou. Só que mandou assim, já com medo. Já tinha programado a morte dela.

Em entrevista coletiva, o delegado Carlos Eduardo Muniz explicou que a reconstituição dos fatos é importante para ajudar a sanar as dúvidas que existem sobre o crime:
Algumas coisas que não ficaram claras no interrogatório, sobre as circunstâncias, que nós precisamos entender. Precisávamos entender a dinâmica dos fatos que ocorreram no restaurante. Isso é para deixar inquérito mais bem feito, para a gente ter noção exata da verdade real dos fatos.
O delegado também falou sobre as mensagens que o marido de Hélida recebeu no dia do crime;
São outras provas técnicas que precisam ser feitas justamente para poder confrontar com o que temos hoje. Fazemos um quebra-cabeça de todas as provas para, no final, conseguir desenhar a versão real do que aconteceu. Houve algumas divergências em relação ao interrogatório inicial.
Depois de uma audiência de custódia, o Ministério Público Estadual pediu a prisão preventiva.



























