O julgamento da suspeição de Sergio Moro no caso do triplex do ex-presidente Lula será adiado pelo Supremo Tribunal Federal. A análise do habeas corpus em que a defesa do petista pede a anulação do julgamento alegando que Moro foi parcial estava marcada para a terça (25).
A presidente da Segunda Turma do STF, Cármen Lúcia, colocou o caso no último lugar da fila. Antes dele, 11 processos teriam que ser apreciados. O ministro Gilmar Mendes concluiu que não haverá tempo de debater o caso de Moro. Só o voto dele tem mais de 40 páginas.
Mendes decidiu, então, indicar o adiamento da discussão. O caso deverá voltar à pauta no segundo semestre. O pedido dos advogados de Lula foi apresentado antes das mensagens reveladas pelo site The Intercept Brasil.
O vazamento reforçou a argumentação dos que acusam Moro de ter sido um juiz parcial e ligado à acusação. A defesa de Lula apresentou novos memoriais ao Supremo relatando oficialmente os fatos.
Moro tem dito que as conversas são comuns e naturais e que não há nelas nenhuma ilegalidade nem demonstração de que ele teria sido parcial ao julgar Lula. Dois ministros da Segunda Turma já votaram no caso: Cármen Lúcia e Edson Fachin. Eles concluíram que Moro não pode ser considerado suspeito de nada. Faltam os votos de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

























