Policiais da DHPP, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil realizaram na noite da última terça-feira (12) a reconstituição da morte de Edmilson Martins de Lima (37). Ele foi morto no dia 23 de fevereiro, depois de se envolver em uma briga de trânsito com o soldado Jhonatan Ulysses (28), da Polícia Militar. O fato ocorreu em um posto de combustíveis nas proximidades da Praça Plinio Callegaro, em Sinop e arma do crime foi uma pistola 380.
Os delegados Carlos Eduardo Muniz, chefe da DHPP, e Ugo Ângelo Reck, que era o plantonista da delegacia municipal no dia do crime, estiverem presentes na reconstituição. A Perícia Oficial e Identificação Técnica também acompanhou os trabalhos. Um aparato com vários policiais foi usado para auxiliar na reconstituição e a avenida principal foi interditada e uma grande área isolada.
Em entrevista, o perito Edson Gomes afirmou que o foco da reconstituição era a luta entre os dois, que resultou no disparo:
É um tipo de perícia requisitada por autoridade policial, Ministério Público ou juiz, quando há dúvidas para finalizar o inquérito. Fazemos toda a encenação do que ocorreu. Se houver necessidade de outro momento (do dia do crime), aí estendemos.
Devido a chuva forte que caiu durante a noite da última terça, a reconstituição foi interrompida. O delegado Muniz informou que os trabalhos devem retornar na próxima quinta-feira (14), as 19h30.
Entenda o caso
Edmilson Martins de Lima foi morto na noite do dia 23 de fevereiro de 2019, sábado, em Sinop, depois de entrar em uma briga com o soldado Jhonatan Ulysses (28) da Polícia Militar. Segundo o Boletim de Ocorrências, o fato se deu no centro da cidade, a pouco mais de 100 metros da delegacia, em um posto de combustíveis na praça Plínio Callegaro.
Em depoimento, o soldado afirmou que trafegava no centro em uma GM S10, acompanhando de uma mulher, quando uma Toyota Hilux SW4 “resvalou” em seu carro. A Hilux era conduzida por Edmilson. O militar contou então que estacionou sua caminhonete no pátio do estabelecimento, quando foi surpreendido por Edmilson, que estava “esbravejando e investindo contra sua pessoa”.

Logo em seguida, de acordo com o militar, o Edmilson o agarrou “de forma violenta” e tentou enforcá-lo. O disparo, realizado com uma pistola calibre 380, ocorreu quando Edmilson tentava segurar os braços do soldado.
Testemunhas que estavam no local também dera suas versões do caso.
Quando foi encaminhado para prestar depoimento, o soldado tinha ferimentos nos joelhos. Sua arma contava com 11 munições e foi entregue espontaneamente para ser periciada. Os carros da vítima e do policial foram levados para o pátio da Polícia Civil.
Edmilson era natural de São Paulo. Ele foi sepultado em Maringá, no Paraná.



























