Morreu aos 89 anos no último sábado (29), a cantora Angela Maria, uma das rainhas do rádio. Após 34 dias de internação, ela não resistiu a uma infecção generalizada e a uma parada cardíaca. A cantora estava no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo. Angela foi velada e sepultada neste domingo (30) no Cemitério Congonhas, na zona sul da capital paulista.
O marido dela, o empresário Daniel D’Angelo, divulgou um vídeo emocionado no Facebook falando sobre a morte da cantora, que fez um estrondoso sucesso entre as décadas de 1950 e 1960.
É com meu coração partido que eu comunico a vocês que a minha Abelim Maria da Cunha, e a nossa Angela Maria, partiu, foi morar com Jesus”, disse emocionado, ao lado de Alexandre, um dos filhos adotivos do casal e de um outro rapaz.
Carreira
Angela Maria se chamava Abelim Maria da Cunha e nasceu em Macaé, no Rio de Janeiro. Filha de pastor protestante, desde menina cantava em corais de igrejas. Antes de ganhar as rádios, ela foi operária tecelã e inspetora de lâmpadas em uma fábrica. Em 1947, começou a frequentar programas de calouros e passou a usar o nome Angela Maria, para não ser descoberta pelos parentes, que não a apoiavam.
No ano seguinte, cantou em uma casa de shows e logo assinou contrato de uma gravadora. Ela então gravou “Não tenho você”, que bateu recordes de venda, marcando o primeiro grande sucesso de sua carreira.
Em 1954, em um concurso popular, tornou-se a “rainha do rádio”, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme “Rua sem Sol”. Os sucessos continuaram rolando com seus sambas-canções, como “Fósforo queimado”, “Vida de bailarina”, “Orgulho”, “Ave Maria no morro” e “Lábios de mel”, além de “Gente humilde”, que estourou em 1960.
Em 1982, Angela lançou o LP “Odeon” com Cauby Peixoto e dez anos depois a dupla repetiu a parceria e lançou o disco “Angela e Cauby ao vivo”, após o show Canta Brasil e foi um sucesso.
Em 1996, lançou o CD “Amigos”, com a participação de vários artistas como Roberto Carlos, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros e o disco vendeu mais de 500 mil cópias.




























