Sempre fui muito ativo nas mídias que tive a minha disposição. Comecei a me interessar pela escrita aos 13 e, de lá para cá, nunca parei um dia sequer.
Dessa forma, já venho expondo minhas opiniões nas redes sociais – e na internet de uma forma geral – há pelo menos uns 10 anos. E, durante todo esse tempo, o objetivo principal, o objetivo maior até do que reclamar dos problemas do mundo era promover as coisas boas que aconteciam no Brasil e no mundo.
Eu queria falar sobre os livros que gostava, sobre os filmes que haviam me emocionado e sobre as pessoas que me inspiravam. Mas olhando depois, em retrospectiva, notei que eu sempre tendia para o pior. Eu até falava das coisas boas, mas quando algo me irritava, eu falava com mais força, com mais vontade.
Uns dias atrás, na faculdade, alguém iniciou uma conversa sobre porque as notícias ruins são mais efetivas para o público do que as notícias boas. Aí uma lâmpada se acendeu na minha cabeça. Eu já havia pensado nisso muitas vezes, já que o tema sempre me chamou atenção, mas ainda não havia descoberto o motivo.
Por que as pessoas preferem o que traz tristeza?
Assisti muitos vídeos, naveguei por muitos sites, li livros e alguns artigos até que cheguei a uma conclusão que praticamente explodiu minha cabeça, de tão óbvia que era: as pessoas não preferem o conteúdo que traz tristeza. Elas preferem o conteúdo que traz emoção! E tudo que é triste, é transmitido com mais emoção.
O jornalismo tradicional tente a tratar boas notícias como se fossem algo menor do que notícias ruins. As ruins ganham destaque, são feitas com gana e paixão. Muitas vezes, somos capazes de sentir a tristeza da mãe que perdeu o filho no tiroteio ou a saudade da família que morreu no acidente de trânsito.
Mas quando a notícia é boa, tudo é passado de forma fria e monótona.
No fundo, sei que isso é um ciclo vicioso. Os jornalistas não se dedicam as boas notícias por que elas não dão resultados com o público e o público não se interessa pelas boas notícias porque os jornalistas não se dedicam a trazer emoção para elas. Não sei quando isso vai mudar e nem se vai mudar.
Mas eu tenho me esforçado. O mundo não é o lugar horrível que as pessoas gostam de pintar, apesar de todos os problemas que claramente existem. Ainda existe pessoas boas e ainda existe gente querendo ouvir o que elas têm a dizer.
Eu faço o possível para ouvir. E você?






























