Algumas pessoas não sabem, mas o calendário de vacinação não é usado apenas para as crianças. Mesmo assim, muitos adultos o abandonam ao longo da vida e só se vacinam em grandes campanhas ou casos de epidemia, como no surto de febre amarela do último ano.
O resultado disso é que atualmente o Brasil não tem uma cobertura vacinal de adultos nem perto do desejado. Todas as quatro vacinas recomendadas para pessoas de 20 a 59 anos estão abaixo do considerado ideal de cobertura vacinal.
Na tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), por exemplo, a taxa de cobertura é de apenas 4,7% e essa situação se mantém na hepatite B, na dupla dT (dupla difteria e tétano) e dTpa e na febre amarela.
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda 4 vacinas para adultos entre 20 e 59 anos. Hepatite B, com três doses, de acordo com a situação vacinal. Febre Amarela, com uma dose se nunca tiver sido vacinado. Tríplice Viral, com duas doses para quem nunca foi vacinado. E Dupla DT Adulto, que deve ser reforçado a cada 10 anos.
Apesar do calendário, o Ministério da Saúde não faz balanços anuais. Um dos maiores problemas é a falta de um denominador específico, como o número de nascimentos anuais no caso das vacinas infantis, que ajude a compilar melhor os dados.

























