Ministério Público denuncia nadador por inventar assalto nos Jogos Olímpicos do Rio

O Ministério Público do Rio de Janeiro decidiu reabrir o caso encerrado em julho de 2017 e denunciou nesta sexta-feira (11) o nadador norte-americano Ryan Lochte por comunicação falsa de crime durante os Jogos Olímpicos de 2016.

Em agosto daquele ano, Lochte alegou, em entrevista a uma emissora de TV dos Estados Unidos, que ele e outros três nadadores haviam sido assaltados em um posto de gasolina na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, quando tentavam retornar à Vila Olímpica, a hospedagem oficial dos atletas, após depois saírem de uma festa.

Ele alegou ter sido abordado por um homem armado, que teria de identificado como policial e aproveitou a rendição do grupo para furtar carteiras e documentos. Imagens do sistema de segurança do estabelecimento, no entanto, desmentiram a acusação e ainda mostraram Lochte e seus parceiros praticando vandalismo no local.

Como Lochte é cidadão norte-americano e não reside no Brasil, o processo respeitará trâmites de cooperação jurídica entre os dois países. Nesse contexto, ele poderá ser convocado a prestar depoimento nos Estados Unidos. Se for condenado, a pena pode ser de um a seis meses de prisão ou pagamento de multa.